Com o fim de realizar uma segunda edição do Congresso Internacional sobre o Santo Sudário, o Cabildo da Catedral Metropolitana de Oviedo solicitará aos Príncipes de Astúrias, durante sua visita a esta cidade que alberga a valiosa relíquia, apadrinhar o evento a realizar-se em 2008.

Assim o deu a conhecer o Cônego-Presidente do Cabildo, o sacerdote Ángel Pandavenes Alonso, que tem previsto se entrevistar com Dom Felipe e Dona Letízia quando visitarem a cidade que abriga a valiosa relíquia em outubro, com motivo da celebração dos Prêmios Prìncipe.

Segundo Pandavenes, trata-se de organizar um segundo congresso depois da bem-sucedida experiência do primeiro celebrado em 1994. Em relação ao financiamento do evento, declarou que “nós temos propostas, mas necessitamos o patrocínio de algumas instituições para mobilizar o que temos nos planos”, se não obtivermos esse apoio públicos ou privado, “tentaríamos fazê-lo a menor escala, embora resultaria muito difícil”, declarou o Cônego Pandavenes.

Oficialmente “não houve nenhum oferecimento”, lamentou Pandavenes, embora a convocatória realizada desde diversos meios.

No primeiro congresso, a Rainha Sofía atuou como presidenta do evento. Este motivo moveu ao Cônego a “insinuar que, com maior razão, a presença da Casa Real seria muito importante, dado que agora está mais identificada com  Astúrias pelo fato de ter uma princesa asturiana”.

“A Família Real, se estiver em sua mão, espero e sonho que não nos deixe sozinhos nesta aventura”, indicou Pandavenes.

O Santo Sudário

O Santo Sudário é um pedaço pano de 85,5 por 52,6 centímetros com manchas de sangue que segundo a tradição cobriu o rosto de Jesus crucificado. Existem diversas teorias e tradições sobre como esta peça chegou até Oviedo desde Jerusalém, através de Toledo, em tempos de Alfonso II o Casto. A primeira notícia da presença do Santo Sudário em Oviedo data do ano 1075 quando se abre a Arca Santa por iniciativa do Rei Alfonso VI.

Em uma ocasião anterior, em março de 2004, o Conselho informou que tanto esta instituição catedralícia como o Arcebispado de Oviedo ordenaram um relatório científico sobre as condições ambientais necessárias para expor ao público a relíquia do Santo Sudário.