O Padre Frank Pavone, diretor do Priests for Life (Sacerdotes pela Vida) criticou um estudo publicado pelo Journal of The American Medical Association, no qual se afirma que os bebês no ventre materno não sentiriam dor até os seis meses de gestação e por isso, não requerem anestésicos durante os abortos.

Em uma nota publicada no New York Times sobre o relatório, sugere-se que o estudo poderia usar-se contra as leis federais “que obrigariam aos médicos a lhe dizer às mulheres que abortam a seus bebês de até 20 semanas ou menos que seus meninos podem sentir dor ao momento de lhes oferecer anestesia” para os não nascidos.

O Pe. Pavone questionou as bases científicas do relatório que provém da Universidade de Califórnia. “Quando indica que é possível que os bebês no ventre de suas mães não sintam dor nos abortos nas primeiras fases da gravidez, estabelece com dificuldade as bases científicas sobre as que se fez", adicionou.

Do mesmo modo, recordou que "outros estudos durante os últimos 15 anos em todo mundo evidenciam a dor fetal cedo. As investigações continuam e enquanto isso, seria bom não afirmar nada como medida de precaução”.

O presbítero também assinalou que a existência da dor deveria fazer que os abortistas e os que apóiam a causa anti-vida deixem de praticá-los. Inclusive se o duvidoso estudo fosse correto, não se justificaria os abortos.

"Existem muitas maneiras de matar aos meninos nascidos e não nascidos sem dor, mas isso não o torna correto”, sentenciou o Pe. Pavone.