O catedrático de Literatura Árabe da Universidade Autônoma de Madri, Serafín Fanjul, expressou seu temor de que o governo espanhol não tome as medidas necessárias para controlar os conteúdos das aulas de Islã, depois que o ministro da Justiça anunciou a possibilidade de subsidiar esta iniciativa para os muçulmanos nos colégios públicos.

Em declarações à rede de rádio Cope, Fanjul referiu-se a esta possibilidade, fazendo menção a França onde já se desenvolveu este projeto com “pretensões de discriminação positiva” a favor dos crentes do Islã, o que considerou um abuso".

Fanjul disse estar preocupado, não pela subvenção do ensino do Islã, mas pelo "que será ensinado em suas aulas, quem serão os professores e quem irá selecionar". "Suspeito que não serão tomadas as medidas necessárias para controlar isso", destacou o catedrático.

Sobre a realização de propaganda islamista nos meios de comunicação do Estado, o catedrático assegurou que provavelmente significará "a avalanche de filmes, filmagens lacrimógenas sobre os modistos e sobre as alas da  Alhambra de Granada", prognosticando que, de qualquer forma, não se tratará o "fondo da questão" que é a "natureza organizativa e ideológica do Islã".

A esse respeito, pressagiou que  “não será dada informaçãos obre assuntos fundamentais, como por exemplo sobre o trato da mulher", destacou, indicando depois as contradições que se produzirão pela mistura de educações. "Como se pode fomentar a discriminação positiva da mulher e ao mesmo tempo aceitar a discriminação positiva do homem? No caso da poligamia, por que se eu fizer é um crime e se um muçulmano faz não o é?", indicou.

Segundo o catedrático de Literatura Árabe, esta situação criaria uma situação muito desigual em relação ao trato dos estrangeiros em países muçulmanos enquanto a "falta de reciprocidade". De fato, depois acrescentou que não é para limitar-se a dizer  "amém" às coisas que propõem os "multiculturalistas", e é preciso lembrar que  "são imigrantes há dois dias, que vieram a Espanha e que têm que adaptar-se nossas normativas legais e a nossos hábitos".

Por outro lado, Fanjul opinou que "os de esquerda" iniciaram campanhas de promoção e apoio ao Islã devido a que tomaram esta religião como o “substituto da luta contra o imperialismo e contra o capitalismo” y piensan que es una "teología de la liberación que va a levantar a los proletários del mundo".

"Como ficaram sem proletários, tratam de buscá-los entre os imigrantes ou que sejam o contrapeso para chocar ideologicamente com o capitalismo ocidental. É uma proposta ignorante e que não dará o resultado que esperam", concluiu.