O Governo colombiano aceitou a proposta da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), de iniciar um pré-diálogo entre representantes dos bispos e as guerrilhas, a fim de obter um cesse das hostilidades antes de começar o processo de paz.

O anúncio se deu logo depois da reunião que teve o Presidente Álvaro Uribe com o Presidente do Episcopado, Dom Luis Augusto Castro, o Alto Comissionado para a Paz, Luis Carlos Restrepo Ramírez, e outros representantes da CEC. “Aceitamos os esforços que faça a Igreja nesse sentido”, afirmou o Chefe de Estado.

Conforme explicou à imprensa o ex-procurador Jaime Bernal, os “pré-diálogos” são aproximações sem nenhum tipo de exigências que se realizam antes de iniciar conversações formais entre as partes. De acordo ao que se informou, este poderia ter lugar no exterior.

Uribe indicou que a iniciativa dos bispos “poderia aplicar-se não só para as aproximações com o ELN, mas também com as Farc”. Acrescentou que de concretizar-se, ambos os grupos  teriam todas as garantias de segurança por parte do Governo.

“Nas reiteradas ofertas que fizemos se assegurou sempre que se a guerrilha aceitar um cesse de hostilidades, terá todas as garantias; o Governo não vai realizar operações militares ofensivas”, precisou.

Entretanto, pediu ao ELN que se na verdade está arrependido pelo último crime –no que assassinou a dois sacerdotes por engano-, que deponha a violência para conversar com o Estado. “Se o ELN pedir perdão, que esse perdão seja de verdade e que faça a paz, porque não pode ser que assassine, peça perdão e siga assassinando”, assinalou.

Sobre este tema, em dias passados a Comissão Facilitadora da Sociedade Civil solicitou aos mandos do ELN entregar aos responsáveis pelo crime para demonstrar seu arrependimento. Até o momento não houve resposta.

Por outro lado, o acordo humanitário entre as Farc e o Governo se encontra parado, porque ainda não se decide onde se realizarão as conversações.