Na terça-feira, 1º de outubro, os promotores do Vaticano apreenderam documentos e dispositivos eletrônicos em busca realizada nos escritórios da Secretaria de Estado.

Em um comunicado, a Sala de Imprensa da Santa Sé informou que na manhã de ontem, “em alguns escritórios da Primeira Seção da Secretaria de Estado e da Autoridade de Informação Financeira do Estado, realizou-se uma busca de documentos e equipamentos eletrônicos".

“A operação, autorizada por decreto do Promotor de Justiça do Tribunal, Gian Piero Milano, e do Adjunto, Alessandro Diddi, e da qual os superiores estavam devidamente informados, está vinculada às denúncias apresentadas no início do último verão pelo Instituto de Obras Religiosas e pelo Auditor Geral, relativas a operações financeiras realizadas ao longo do tempo”, afirmou.

A Secretaria de Estado é o escritório central do governo da Igreja Católica e o departamento da Cúria Romana que trabalha mais de perto com o Papa. Também é responsável pelo governo do estado da Cidade do Vaticano.

Desde a promulgação da Pastor Bonus, constituição apostólica de São João Paulo II, em 1988, que rege a organização e as responsabilidades da Cúria Romana, a Secretaria de Estado foi dividida em duas: a Seção de Assuntos Gerais e a Seção de Relações com os Estados.

O substituto, que deve ser um bispo, atua como chefe da Seção de Assuntos Gerais, tem a responsabilidade da administração diária do governo da Cidade do Vaticano, trata de todos os assuntos não designados a outros departamentos da cúria, gerencia as relações com todos os embaixadores acreditados junto à Santa Sé.

Em novembro de 2017, o Papa Francisco estabeleceu uma terceira seção na Secretaria, especializada em supervisionar o corpo diplomático do Vaticano em todo o mundo.

O Cardeal Pietro Parolin é o Secretário de Estado do Vaticano desde outubro de 2013. Dom Edgar Peña Parra é seu atual substituto, cargo que assumiu em 2018.

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