O Papa Francisco expressou suas condolências pela morte do Cardeal Achille Silvestrini, prefeito emérito da Congregação para as Igrejas Orientais, que faleceu no dia 29 de agosto, em sua casa no Vaticano, aos 95 anos de idade.

Em um telegrama enviado na quinta-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa expressou suas condolências aos familiares do Cardeal Silvestrini, assim como aos que o conheciam e estimavam e à comunidade diocesana de Faenza-Modigliana, “que o considera um dos filhos mais ilustres".

"Lembro-me com espírito de agradecimento da colaboração que prestou por tantos anos à Santa Sé a serviço de sete pontífices", tanto na Secretaria de Estado, como também sendo prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.

“Deixa a recordação de uma vida dedicada à sua vocação de sacerdote atento às necessidades dos outros, de diplomata hábil e dócil, de pastor fiel ao Evangelho e à Igreja. Elevo orações de sufrágio para que o Senhor o acolha com alegria e paz eterna e envio a consoladora bênção apostólica aos que compartilham a dor da sua morte”, disse Francisco.

O Cardeal Silvestrini nasceu em Brisighella (Itália), em 1923. Foi ordenado sacerdote em 1946 e, aos 30 anos, ingressou no serviço diplomático na Seção do Vaticano para Assuntos Eclesiásticos Extraordinários da Secretaria de Estado, que tratava dos problemas do Vietnã, China, Indonésia e Sudeste Asiático.

Foi colaborador dos secretários de Estado, cardeais Domenico Tardini e Amleto G. Cicogani. Depois, ficou encarregado do Setor de Organizações Internacionais.

O Cardeal também desempenhou um papel importante nas negociações entre as autoridades italianas e a Santa Sé sobre o acordo de revisão do Tratado de Latrão, em 1984.

Anteriormente, na década de 1970, o Cardeal Silvestrini foi um representante-chave da Santa Sé na questão dos limites para armas nucleares. Como participante da Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa, ele viajou para sessões em Helsinque e Genebra.

Em 1971, acompanhou o Cardeal Agostino Casaroli a Moscou para entregar o documento de adesão da Santa Sé ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

O Cardeal também chefiou as delegações da Santa Sé na Conferência das Nações Unidas sobre o uso pacífico da energia nuclear e a conferência que pôs em prática o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

Em julho de 1973, foi nomeado subsecretário do Conselho de Assuntos Públicos da Igreja (que em 1988 se tornou parte da Secretaria de Estado na seção Relações com os Estados). Seis anos depois, foi nomeado secretário do mesmo conselho e naquele mês foi ordenado bispo.

São João Paulo II o promoveu a arcebispo em maio de 1979, antes de criá-lo cardeal em junho de 1988, quando foi nomeado chefe da Assinatura Apostólica, o Supremo Tribunal do Vaticano.

O Cardeal Silvestrini não votou nos conclaves que elegeram o Papa Bento XVI e o Papa Francisco, já que tinha mais de 80 anos, que é o limite canônico para participar em um conclave.

Em seu ministério sacerdotal, o Purpurado estava conectado com Villa Nazareth, uma instituição para ajudar os jovens e, desde 1969, animava uma comunidade composta por um grupo de graduados universitários, profissionais e simpatizantes.

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