A Síria continua em guerra. Talvez os focos midiáticos já não estejam postos neste conflito que se arrasta desde 2011 e que atraiu a atenção mundial com o auge do grupo terrorista Estado Islâmico e a proclamação de um califado que pretendia se estender por grande parte do mundo, mas os atos de violência continuam acontecendo.

Nesta semana, o pároco católico da cidade síria de Aleppo disse que os mísseis continuam caindo sobre a cidade e mostrou sua preocupação com o futuro da comunidade cristã no país.

Por essa razão, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre lançou uma nova campanha de arrecadação de fundos para ajudar os cristãos sírios.

"Na Síria, a guerra ainda não acabou, o terrorismo ainda não foi derrotado e nossos irmãos têm mais necessidade do que nunca de nossa ajuda", assegurou Alessandro Monteduro, diretor de Ajuda à Igreja que Sofre.

Os fundos arrecadados serão destinados a dois projetos. O primeiro acontecerá em Aleppo, a cidade que simboliza o sofrimento do povo sírio depois de ter sofrido uma perseguição cruel que durou de 2012 a 2016.

Nestes anos, Aleppo deixou de ser a segunda cidade da Síria e seu principal centro econômico e industrial e passou a ser uma cidade em ruínas e quase desabitada. Em particular, o projeto da Ajuda à Igreja que Sofre visa obter alimentos para distribuir entre as famílias cristãs mais pobres e permitir acesso a gás e outros combustíveis para geradores de eletricidade.

Com uma ajuda de 50 euros, uma família de 4 pessoas de Aleppo poderá se alimentar por uma semana. Com uma contribuição de 100 euros, a mesma família receberá, além da alimentação, acesso a eletricidade e gás.

O segundo projeto será desenvolvido em Damasco e tem como objetivo comprar medicamentos, muitos deles muito caros, para os cristãos doentes. Este projeto é um pedido pessoal do Patriarca greco-melquita Youssef Absu, que destacou que sem essa ajuda não será possível ajudar muitos cristãos doentes que devem receber tratamento em casa. Com uma doação de 150 euros, o paciente tem acesso garantido a medicamentos durante 3 meses.

Desde o início da guerra em 2011 até o ano de 2018, a Ajuda à Igreja que Sofre doou cerca de 30 milhões de euros para as Igrejas locais da Síria. Em muitas áreas onde a segurança está garantida, já começou o processo de reconstrução com a restauração de igrejas e casas de famílias cristãs destruídas pela guerra.

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