Em sua mensagem de condolências, o Papa Francisco recordou a "preciosa e diligente obra" do Cardeal Elio Sgreccia em defesa do valor fundamental da vida humana. O Cardeal italiano morreu na quarta-feira, 5 de junho.

"Recordo com ânimo grato seu generoso serviço à Igreja, especialmente a preciosa e diligente obra em defesa do fundamental valor da vida humana, mediante uma ação capilar de estudo, de formação e de evangelização", disse o Papa em um telegrama enviado à professora Palma Sgreccia, sobrinha do Cardeal.

"Ao saber da notícia da partida de seu tio, o querido Cardeal Elio Sgreccia, quero expressar meus sentimentos de pesar a ti, aos demais familiares e àqueles que estimavam o Purpurado”, escreveu o Papa Francisco.

"Elevo fervorosas orações de sufrágio para que o Senhor, junto com a Virgem Maria, acolham este zeloso servidor do Evangelho na alegria e na paz eterna, e envio a minha bênção apostólica àqueles que compartilham a dor por seu falecimento", concluiu o Santo Padre.

O Cardeal Elio Sgreccia, Presidente Emérito da Pontifícia Academia para a Vida e uma eminência em bioética, faleceu nesta quarta-feira, 5 de junho, aos 90 anos, em Roma.

Ele nasceu em 6 de junho de 1928, na cidade italiana de Nidastore di Arcevia. Faria 91 anos nesta quinta-feira. Sua família, de origem humilde, era composta por agricultores de vida simples e devota.

O Cardeal Sgreccia era o mais novo de seis irmãos. Foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1952.

Em novembro de 1973, pediram-lhe que se encarregasse do serviço pastoral de professores e alunos da Faculdade de Medicina e Cirurgia da sede romana da Universidade Católica do Sacro Cuore.

A partir 1983, a Universidade Católica lhe pediu que fosse professor de questões éticas em biomedicina. Desde 1985, foi diretor do Centro de Bioética e, desde 1992, foi diretor do Instituto de Bioética criado na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sacro Cuore, em Roma.

Tornou-se especialista em problemas éticos da medicina. Assim, a Secretaria de Estado do Vaticano o enviou para colaborar com vários organismos europeus sobre o assunto. Nos anos 1980, foi observador da Santa Sé no Comitê de Ética do Conselho da Europa. De 1990 a 2006, foi membro do Comitê Nacional Italiano para a Bioética.

Autor de uma extensa bibliografia, entre seus trabalhos destaca-se o "Manual de bioética", para médicos e biólogos, traduzido para francês, espanhol, português, inglês, russo, romeno, búlgaro, ucraniano, árabe e coreano.

Em 6 de janeiro de 1993, foi ordenado Bispo de Zama por João Paulo II. No ano anterior, havia tomado posse como secretário do Pontifício Conselho para a Família, cargo que ocupou até o início de 1996.

Em 1º de junho de 1994, foi nomeado vice-presidente da Pontifícia Academia para a Vida, da qual se tornou presidente em 3 de janeiro de 2005, cargo que ocupou até junho de 2008.

No consistório de 20 de novembro de 2010, o Papa Bento XVI o criou Cardeal.

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