Pelo menos cinco pessoas morreram em um ataque contra um templo cristão em Burkina Faso no domingo, 28 de abril, uma semana depois do ataque a três igrejas no Sri Lanka.

"Indivíduos armados não identificados atacaram a igreja protestante de Silgadji, matando quatro fiéis e o pastor principal. Pelo menos duas pessoas continuam desaparecidas", afirmaram fontes das forças de segurança à AFP.

O ataque ocorreu às 13h quando os fiéis deixavam o templo. Os desconhecidos estavam em motocicletas e atiraram para o alto antes de apontar contra os fiéis.

No entanto, este não é o único incidente recente contra os cristãos em Burkina Faso, na África Ocidental, já que, em 5 de abril, uma igreja católica também foi atacada e quatro fiéis foram assassinados.

O ataque ocorreu na Diocese de Dori durante a celebração da Via-Sacra. Alguns homens armados entraram em uma igreja católica, separaram as mulheres e crianças dos homens e mataram quatro fiéis que tentaram escapar.

Dom Laurent Dabiré, Bispo de Dori, assegurou que "antes de partir, os agressores saquearam a aldeia".

Entre os dias 31 de março e 2 de abril, pelo menos 62 pessoas morreram no norte de Burkina Faso, na fronteira com o Mali, em um ataque jihadista.

Em Burkina Faso, 54,2% da população são muçulmanos, 23,9% são cristãos de diferentes denominações, 21,3% praticantes de outras religiões étnicas e os 0,6% restantes de outras religiões.

Atentados semelhantes são, infelizmente, frequentes na zona central da África. Em março de 2018, ocorreram atentados coordenados em Ouagadougou, capital de Burkina Faso, quando vários carros-bomba e terroristas suicidas explodiram contra a embaixada francesa e o quartel geral do exército do país. Pelo menos 16 pessoas morreram e 100 ficaram feridas. O grupo de apoio ao Islã e aos muçulmanos, associado a Al Qaeda, reivindicou a autoria do atentado.

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