O presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia, Cardeal Charles Maung Bo, expressou sua solidariedade e condolências ao Arcebispo de Colombo, Cardeal Albert Malcolm Ranjith, pelos ataques de 21 de abril que deixaram 321 pessoas mortas, muitas das quais eram cristãs que celebravam o Domingo da Ressurreição.

"Permitam-me expressar minha sincera angústia por esta tragédia que colocou a dura prova milhões de vidas humanas inocentes, precisamente no dia em que celebramos no mundo a vitória da vida e do bem sobre a morte e o mal", escreveu em uma carta ao Arcebispo de Colombo.

O Cardeal Bo disse que, "enquanto ofereço minhas humildes orações por todas as vítimas desta violência sem sentido, rezo também pelos doadores, voluntários e socorristas".

"Devemos implorar ao Senhor misericordioso ressuscitado, o Príncipe da esperança e da paz, que ajude todas as pessoas de boa vontade para que possam contribuir a aliviar o clima de medo e suspeita que surgiu depois das explosões ", exortou o Cardeal .

O presidente da federação que reúne 19 dioceses da Ásia estendeu suas orações aos irmãos bispos do Sri Lanka e aos fiéis deste país.

O Sri Lanka tem cerca de 22 milhões de habitantes. Os cristãos representam 7% da população, enquanto 70% são budistas, 15% hindus e 11% muçulmanos.

Esta não é a primeira vez que os cristãos são atacados na Semana Santa em um país onde eles são uma minoria

Em 9 de abril de 2017, no Domingo de Ramos, 30 pessoas foram assassinadas e pelo menos 70 ficaram feridas em um ataque suicida contra a igreja copta em Tanta (Egito). Outro homem-bomba atacou a igreja de São Marcos, no distrito de Manshyia em Alexandria, deixando 16 mortos e 66 feridos.

Em 27 de março de 2016, no Domingo de Páscoa, pelo menos 75 pessoas morreram e outras 340 ficaram feridas no ataque suicida contra o Parque Gulshan-e-Iqbal, em Lahore (Paquistão), onde os católicos estavam celebrando a Ressurreição de Cristo. Também morreram vários muçulmanos que estavam no local.

Em 2 de abril de 2015, na Quinta-feira Santa, terroristas muçulmanos entraram na Universidade de Garissa, no Quênia, e mataram 148 estudantes cristãos, deixando também mais de 70 feridos.

Confira também: