Diante da recente iniciativa do Grupo Parlamentar Socialista que apresentou na Câmara dos Deputados uma proposição “como sugestão” para legalizar o matrimônio entre as pessoas de mesmo sexo, a Plataforma para a Promoção da Família (PROFAM) qualificou a medida de “agressão jurídica e social da instituição familiar”.

PROFAM, uma plataforma cidadã que integra mais de 90% das associações familiares de Madri, indicou aos socialistas “que o regulamento jurídico do Estado não pode recorrer em sua legislação e dar o tratamento de matrimônio a união por convivência e pelo sexo de duas pessoas de mesmo sexo”.

“É uma relação estéril (não gera uma família através dos filhos nascidos dessa união) e não se diferencia de qualquer outra relação que mantenham duas pessoas onde não exista sexo (dois amigos)”, destacou PROFAM.

A plataforma familiar estendeu sua critica ao presidente do Executivo espanhol avisando que “não convencerá a quase ninguém nestes assuntos de ética e moral como são: o aborto livre, o matrimônio entre homossexuais e a perseguição a assinatura da Religião”.

Sobre as uniões homossexuais, o comunicado de PROFAM negou que a negativa a serem tratadas como matrimonio seja uma “discriminação” argumentando sua evidente impossibilidade física e psicológica para serem consideradas como tais.

“Negando o matrimônio a estas uniões não há discriminação alguma para as pessoas individualmente, mas que se põem em manifesto, algo evidente, a impossibilidade física e psíquica para constituir-se em matrimonio e dotá-los de alguns direitos que não corresponde a este tipo de união não muito freqüente”, destacou a plataforma que conta com mais de 300 associações familiares, educativas, de jovens, adultos e culturais afiliadas.

Para PROFAM “o Grupo Parlamentar Socialista não rentabilizará sua vitória eleitoral do mês de março com esta “proposta sugestiva” apresentada a Câmara dos Deputados.  E mais; não somente não acerta, mas que cava sua primeira fossa de rechaço popular a uma  iniciativa que não é aceita, pela maior parte da sociedade espanhola nem européia”.

Segundo informação conduzida pela plataforma familiar “a pratica total das uniões que existem em nosso país são as formalizadas mediante o matrimonio civil ou canônico com mais de 97% do total”. Assim, destacou que “as uniões de natureza homossexual não chegam a sequer a 1%”.

“Não se pode legislar e agravar de forma comparativa a tantas famílias, sem pagar um preço elevado em suas urnas”, destacou.

Finalmente, PROFAM – que representa mais de 500 mil membros – advertiu “que não está disposta a passar por alto a agressão jurídica e social da instituição familiar” e pediu a seus associados para “manterem uma firmeza sobre estes temas assim como a conveniência de apoiar a adoção de menores pelos núcleos familiares com os referenciais paterno e materno”.