Em entrevista concedida ao jornalista Jordi Évole, divulgada no domingo, 31 de março, pelo canal de televisão espanhol ‘La Sexta’, o Papa Francisco recordou que o Vaticano fez “várias” mediações para conseguir a paz na Venezuela.

O Santo Padre assinalou que "a Santa Sé mediou", mas ele não fez um “juízo de valor, isso claro, pessoalmente”.

"Sim, falei com (o ex-presidente da Espanha, José Luis) Rodríguez Zapatero quando a coisa estava prestes a terminar".

"Daqui da Santa Sé, foram dois. Primeiro foi Dom (Emil Paul) Tscherrig e depois Dom (Claudio Maria) Celli. Esteve no grupo de mediação e bom, a coisa fracassou, não andou", lamentou.

No entanto, o trabalho de mediação na Venezuela não parou por aí. "Depois, teve contatos da Santa Sé. Teve inclusive comunicação da Secretaria de Estado, não foi ‘nunca’, tampouco ‘apenas uma vez’, foram várias vezes, várias mediações”.

"E depois, mediações discretas, não oficiais, pontes que ajudaram um pouquinho, mas que não conseguiram resolver isso", disse.

O Papa também se pronunciou sobre suas duas audiências com Nicolás Maduro, governante venezuelano.

"É difícil ter uma opinião de uma pessoa em 40 minutos na primeira vez e, meia hora na segunda", disse, mas lembrou que estava "muito convencido” de seu pensamento, “eu o recebi antes que a coisa piorasse".

Perguntado se preferiria tomar um café com Maduro ou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Santo Padre afirmou que "com os dois".

Sobre a visita que recebeu de Trump no Vaticano, o Papa afirmou que foi um encontro muito curto e protocolar.

"Tem seu projeto e seu plano", disse, mas reiterou que "a visita foi muito protocolar e muito curta".

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