Em um recente artigo para o Weekly Standard intitulado “Guerra contra os infiéis: A mensagem por trás das decapitações”, o especialista em Islã, Paul Marshall, afirmou que a recente decapitação de Paul Johnson na Arábia Saudita pelas mãos de extremistas mulçumanos “não é simplesmente um ataque contra os norte-americanos” mas “uma corrente de ataques contra os cristãos e os ‘infiéis’”.

Mashall – diretor do Centro para a Liberdade Religiosa de Freedom House – explicou que os extremistas, cujas decapitações de dois norte-americanos e um sul-coreano causou impacto no mundo, têm muito mais inimigos que os americanos e um objetivo muito maior que simplesmente a mutilação da indústria petroleira na Arábia Saudita. “Seu objetivo é o de livrar o mundo mulçumano ‘dos infiéis’ ou incrédulos do Islã”, afirmou.

Este objetivo está claramente expresso em uma entrevista que Marshall utiliza em seu artigo, onde o homem que assumiu a responsabilidade do assassinato de Johnson, Abdelaziz al-Muqrin, disse que “renovamos nossa determinação de rechaçar as forcas dos cruzados e sua arrogância, libertar a terra dos mulçumanos, aplicar sharia (a lei islâmica) e limpar a península árabe dos infiéis”. Al-Muqrin, que foi assassinado no dia 18 de junho, e assumiu a responsabilidade pela matança de 22 pessoas em Khobar, Arábia Saudita, no dia 29 de maio.

O artigo de Marshall inclui também extratos de uma horripilante entrevista com um terrorista saudita sobre o massacre em Khobar, publicada completa pelo site associado ao Al Qaeda, Sawt Al-Jihad.

Na entrevista, o extremista mulçumano relata como os terroristas arrastaram com um carro a um homem britânico nu, mataram com um tiro na cabeça um homem de negócios americano, cortaram a garganta de um sul-africano, um italiano e vários hindus, decapitaram a um sueco e colocaram a cabeça na porta; e cortaram as gargantas de vários filipinos cristãos dedicando-os “a nossos irmãos Mujahideen nas Filipinas”.

“Aquele mesmo dia, limpamos a terra de Maomé de muitos cristãos e politeístas”, acrescentou o terrorista.

Marshall afirma que “os extremistas mataram aqueles que consideram ‘infiéis’ ou ‘politeítas’, independente de sua participação na coalizão no Iraque”.

Assim, o autor do livro “Islam at the Crossroads” acrescentou que a maior parte das vitimas dos terroristas islâmicos são cristãos asiáticos e do Oriente Médio, mulçumanos e hindus que não compartilham sua visão”, acrescentou Marshall citando ao Grupo Islâmico para a Predicação e o Combate na Argélia e a Frete Nacional Islâmica do Sudão.

“Estas matanças não são sobre o escândalo da prisão Abu Ghraib, sobre Israel, ações norte-americanas no Iraque e Afeganistão ou a atual política exterior”- continuou Marshall -, mas de “uma guerra apocalíptica para limpar o mundo de todos exceto (dos extremistas) do Islã”.

“O inimigo do Al-Qaeda é qualquer que se opõe a seu programa para a restauração de uma unificada ‘ummah’ muçulmana, preparada para ganhar a jihad no resto do mundo”, explica o artigo e acrescenta que “a lição de Riyadh, Khobar, e a de Paul Johnson é que podemos resistir a esse programa, que no caso, tragicamente, veremos mais vídeos de decapitações; ou podemos  nos unir a esse programa e ver ainda mais decapitações”.

“Essas são as possibilidades. Estamos em uma guerra que temos que ganhar. O resto são bons pensamentos”, acrescentou Marshall.