Menos de 24 horas após receber oficialmente um pedido de auxílio da Arquidiocese de Beira, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) fez chegar à Moçambique a primeira ajuda de emergência para socorrer os atingidos pelo ciclone Idai.

A Arquidiocese de Beira oficializou à sede internacional da Fundação ACN um pedido de auxílio para “minimizar o drama vivido pela população de Sofala”, após a passagem do ciclone Demonstrou ainda sua enorme preocupação perante a dimensão dos estragos causados.

Conforme assinalou a Fundação ACN, o ciclone, “além de ceifar dezenas de vidas humanas e fazer muitos feridos, desalojou muitas famílias e provocou muitos danos nas estruturas paroquiais, casas religiosas e casas de formação”.

Em resposta a esta solicitação, os serviços centrais da Ajuda à Igreja que Sofre, sediados em Königstein, Alemanha, decidiram o envio de uma primeira ajuda de emergência no valor de 30 mil euros.

De acordo com o Arcebispo de Beira, Dom Cláudio Dalla Zuanna, a verba já está sendo aplicada localmente na reativação da “presença eclesial junto das comunidades, fazendo face a pequenas despesas imediatas como é o caso da aquisição e distribuição de lonas plásticas, material básico de uma habitação (baldes, copos, pratos, etc.) e a logística para a deslocação” de sacerdotes, religiosos ou leigos.

O ciclone Idai passou por Moçambique, Maláui e Zimbábue, em seu caminho causou grande destruição e centenas de mortos, sendo que autoridade de Maputo afirmam a possibilidade de haver mais de mil vítimas. Mais de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas nos três países africanos.

Com ventos fortes e chuvas intensas, o Idai atingiu a região da Beira, no centro de Moçambique, na quinta-feira à noite, cortando as principais linhas de comunicação e as fontes de energia da cidade, uma das quatro mais importantes de Moçambique, com cerca de 500 mil habitantes.

Em uma mensagem enviada à Fundação ACN, o Bispo de Gurué, Dom Francisco Lerma, afirma se tratar de um “desastre natural de consequências inimagináveis”. Segundo ele, a “cidade da Beira está destruída em 80 a 90 por cento” e se encontra, “há três dias, sem energia elétrica, água, sem casas, sem comida, sem hospital, sem comunicações…”.

O governo de Moçambique decretou três dias de luto nacional e estado de emergência.

Confira também: