O Presidente da Conferência Episcopal Uruguaia e Bispo de São José de Maio, Dom Pablo Galimberti, esclareceu aos fiéis que os “serviços de confissões” por Internet não constituem o sacramento da reconciliação.

Ao ser consultado pelo jornal A República sobre a moda das “confissões” online, o Bispo esclareceu que às vezes em Internet "tudo se pode falsificar e trocar".

"A Igreja Católica se caracterizou sempre por uma significação forte à dimensão corpo a corpo, mão à mão, isto vem da mesma maneira que Deus nos tem feito conhecer através do Jesus Cristo que é a palavra feita carne, quer dizer se fez visível e assim o testemunham os primeiros apóstolos. Ou seja que a dimensão corpo em que um expressa arrependimento, expressa súplica de perdão, tudo isto fica no mundo virtual", indicou.

Do mesmo modo, precisou que "uma coisa é contar o que me aconteceu, o que estou passando e outra é o arrependimento" e o sacramento.

"Posso-te contar um roubo que fiz ontem à noite mas daí ao arrependimento há muitos quilômetros de distância. Se, quando as pessoas falam cara a acara com um padre, às vezes, não chegam a arrepender-se de verdade, quanto mais se se fizer por Internet, isso é muito mais fácil. É uma descarga psicológica, eu não tomo o resultado para medir se foi ‘uma boa confissão, já me sinto aliviado’ como quem toma um antiácido", indicou.

Também pediu “distinguir também os efeitos psicológicos do efeito religioso. Eu na fé sei que realmente volto a receber o abraço de Deus, estou em paz e verdade liberado e estou com ele, sinto-me filho de Deus”.