O sacerdote jesuíta Jorge Loring, afirmou que “a lei do governo socialista espanhol que equipara os matrimônios naturais às uniões de pessoas do mesmo sexo é injusta e desacertada”.

O sacerdote, autor do conhecido livro Para te salvar, indicou que esta lei é “desacertada porque vai contra o parecer da maioria dos espanhóis” e acrescentou que segundo o Instituto Nacional de Estatística, “os casais homossexuais na Espanha são dez mil e a grande maioria de espanhóis não aprova esta lei”.

Para o P. Loring, que a manifestação pela família e o matrimônio de 18 de junho em Madri tenha congregado a um milhão e meio de pessoas, que se tenham conseguido um milhão de assinaturas contra esta lei iníqua, e que só tenham havido 40 votos de diferença na hora da votação, são mostra clara “que se trata de uma concessão a grupos minoritários de pressão”.

O matrimônio, desde  Adão e Eva até nossos dias, –enfatizou– está constituído por um homem e uma mulher. As leis humanas não podem trocar a natureza das coisas. Embora o governo faça uma lei permitindo voar aos burros, não por isso aos burros sairão-lhes asas”.

Do mesmo modo, manifestou que é absurdo legislar contra a natureza. “Os homossexuais tem direito a que se lhes respeite como cidadãos; mas não têm direito a apropriar-se do que não lhes pertence”, demarcou e acrescentou que “como o menino que no parque quer apropriar-se de um brinquedo que não é dele. Lhes negar o que não lhes pertence não é discriminá-los (...) O mesmo que não é discriminar ao cleptomaníaco se for impedido de roubar. O que pretendem é um abuso”.

Para o presbítero, “chamar intolerantes aos que não aceitam esta igualdade é como chamar intolerantes aos que não aceitavam o engano de que a Terra é plana ou que a água se solidifica aos cem graus centígrados”.

Seguidamente indicou que se hoje os homossexuais obtiverem seu desejo, amanhã os bissexuais podem obter que lhes permitam dois matrimônios simultaneamente. “Se a norma for ‘tudo vale’, também a zoofilia e a antropofagia? Também se poderia aceitar que um homem queira casar-se com sua gata ou com uma galinha? Ou que alguém se coma a um amigo que matou, esquartejado e conservado em seu frigorífico? São casos reais”, questionou o P. Loring.

Do mesmo modo, referiu-se à faculdade de adotar meninos que esta lei confere aos casais homossexuais. “Esses meninos ficarão traumatizados quando virem que todos seus amigos têm pai e mãe, mas eles são uns estranhos. Os psicólogos falam dos danos que sofrerão esses meninos”, asseverou.

“Além disso as estatísticas falam de que os casais homossexuais são muito instáveis. Com facilidade trocam de casal. Quantos pais e mães vão ter esses meninos? Pobres meninos! A adoção deve procurar o bem dos meninos, não os desejos dos adotantes”, finalizou.