Durante a celebração de uma Missa, um suposto grupo de partidários do Governo de Daniel Ortega entrou agredindo e a paróquia do município de Catarina na Nicarágua, e logo depois tentaram levar a imagem de São Silvestre.

Isto aconteceu na quarta-feira, 26 de dezembro, quando o pároco, Pe. Jairo Velázquez, celebrava a Eucaristia por ocasião da festa em homenagem a São Silvestre. As imagens e vídeos do incidente viralizaram logo depois nas redes sociais.

Em declarações à La Prensa, o pároco confirmou que as pessoas entraram com a intenção de levar a imagem sem autorização. "No final da Missa, começaram a pressionar e a gritar dentro da igreja, a fim de que retirássemos santo", contou.

Neste ano, o Arcebispo de Manágua, Cardeal Leopoldo Brenes, orientou às paróquias para que as festas religiosas sejam celebradas somente em "um clima de espiritualidade e oração" devido à insegurança que vive a Nicarágua; portanto, a imagem de São Silvestre não ia sair em procissão. Tal situação provocou a insatisfação do grupo que invadiu o templo.

Estes últimos pressionaram tanto o pároco, que decidiu que a imagem seria retirada do trono, mas não seria removida do templo.

"A imagem foi retirada, mas houve uma tentativa de levá-la, com discussões e brigas, mas não aconteceu nada pior porque os fiéis da paróquia começaram a rezar o terço até as pessoas se retirarem do templo", disse o Pe. Velásquez.

Em seguida, o sacerdote afirmou que o grupo que invadiu o templo durante a Missa não pertence à paróquia, o qual provocou "suspeita" sobre as suas verdadeiras intenções e de onde eles tinham vindo.

"Deveremos nos reunir com o Conselho Paroquial para ver quais medidas de segurança tomaremos depois do incidente", concluiu o Pe. Velásquez, que já havia sido agredido em 15 de julho durante a "Operação Limpeza" do Governo.

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