A Câmara dos Representantes do Congresso aprovou na última semana uma lei que permitirá o apoio às comunidades cristãs e yazidis que sofrem tentativas de genocídio por parte de jihadistas no Iraque e na Síria.

Trata-se da Lei de Socorro e Responsabilidade do Genocídio do Iraque e Síria 2018, a qual, além do apoio assistencial, prevê que os Estados Unidos possam ajudar no plano judicial as autoridades de ambos os países a fim de que tenham capacidade para investigar e levar à Justiça os responsáveis por atos de violência contra as minorias religiosas.

A aprovação desta lei foi recebida de forma positiva por instituições como Cavaleiros de Colombo, Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Yezidi Human Rights Organization, Christian Solidarity Worldwide, entre outras.

Segundo a Fundação ACN, esta é uma lei decisiva “perante a necessidade de os Estados Unidos incluírem aquelas duas comunidades religiosas na assistência que deve ser prestada à região”.

Entre as ajudas que poderão ser prestadas estão, por exemplo, o fornecimento de assistência humanitária, de recuperação de casas e de infraestruturas e a identificação de todas as necessidades mais prementes destas comunidades religiosas minoritárias.

“A aprovação desta lei é reveladora também de um claro compromisso por parte dos Estados Unidos na proteção e preservação das minorias religiosas no Oriente Médio, em que se destacam os cristãos e também os yasidis”, assinala a Fundação ACN.

O congressista Chris Smith, que defendeu esta lei é uma peça fundamental para se evitar o desaparecimento da presença cristã nesta região do Oriente Médio.

Smith alertou sobre uma alarmante redução do número de cristãos no Iraque nos últimos anos. Recordou que, atualmente, a população cristã no país é inferior a 250 mil pessoas, o que contrasta com os cerca de 1,4 milhões em 2002, ou os cerca de 500 mil em 2013, antes de se ter iniciado o ataque dos jihadistas do Estado Islâmico.

Após a aprovação da Lei de Socorro e Responsabilidade do Genocídio do Iraque e Síria 2018 na Câmara dos Representantes do Congresso, esta terá agora que ser assinada pelo presidente Donald Trump.

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