O Arcebispo de Barcelona, Dom. Lluís Martínez Sistach, advogou para que se inclua na reforma do Estatuto da Catalunha o direito dos pais a contar com educação religiosa para seus filhos.

Em declarações ao periódico Catalunya Informació, Dom. Martínez Sistach assegurou que "temos uma coisa prévia à Constituição que é o direito dos pais à formação dos filhos", e constitui "um direito originário, primário, insubstituível e inalienável".

Segundo o Arcebispo, "os poderes públicos têm que garantir este direito e o dever que têm os pais" e "os pais têm que poder escolher a escola que vai de acordo com suas convicções".

Advertiu que "uma escola laica não estaria de acordo com o preceito constitucional" e "o que têm que fazer os poderes públicos é garantir" o direito aos pais a pedir que seus filhos recebam aulas de religião.

Do mesmo modo, indicou que as relações da Igreja com o Governo catalão são cordiais. "Tentamos mutuamente encontrar soluções, nem sempre é fácil, nem sempre chegamos a acordos", indicou.

Também defendeu o direito da Igreja a "dizer que não" quando "há uns projetos legislativos por parte do Governo, seja central ou autonômico, que expõem questões sobre os direitos fundamentais das pessoas ou a concepção cristã sobre o matrimônio, sobre a vida e a morte".