No final da oração do Ângelus na Praça de São Pedro, na manhã do último domingo, o Papa Francisco recordou as vítimas da fome que causou a morte de cerca de 4 milhões de pessoas na Ucrânia a partir 1932, como consequência das políticas da União Soviética.

A crise humana, conhecida como "Holodomor" e cujo aniversário foi comemorado no sábado, 24 de novembro, foi provocada pelo ditador comunista Stalin a fim de empreender um processo de coletivização de fazendas de gado e terras de cultivo.

“Ontem a Ucrânia comemorou o aniversário do Holodomor, terrível carestia provocada pelo regime soviético que causou milhões de vítimas. A imagem é dolorosa. Que a ferida do passado seja um apelo para todos, para que tais tragédias nunca mais se repitam. Rezemos por aquele querido país e pela paz tão almejada”, foram as palavras do Santo Padre.

O "Holodomor", ou genocídio ucraniano, começou em 1932, depois que vários camponeses ucranianos se recusaram à coletivização e, consequentemente, perderam suas terras, fazendas e gado.

Longe de buscar uma solução que respondesse às necessidades dos camponeses, as autoridades soviéticas, como castigo, iniciaram um processo de requisições, punições, assassinatos e trabalho forçado.

Como consequência das expropriações em massa de gados e colheitas e dos deslocamentos forçados de comunidades inteiras de camponeses, 4 milhões de ucranianos morreram.

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