Os bispos do México ratificaram o seu rechaço ao aborto e à eutanásia e ao mesmo tempo recordaram que a Igreja defende e promove a família e o casamento formados por um homem e uma mulher.

Em uma coletiva de imprensa em 15 de novembro, no âmbito da 106ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), Dom Alfonso Miranda, reeleito recentemente como Secretário Geral da CEM, assegurou que "não podemos construir a paz favorecendo a violência no útero materno ou atentando contra a vida dos doentes e dos idosos".

"Como Igreja, defendemos, promovemos a família, homem e mulher, assim como o trabalho da prevenção, da educação e da saúde dos jovens", afirmou.

Recentemente, parlamentares do partido Morena, do presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, apresentaram propostas para legalizar o aborto em todo o país.

Atualmente, o aborto no México é ilegal, só é permitido em nível federal em casos de violação. Em alguns estados esta prática é despenalizada em casos de risco à vida da mãe.

Desde 2007, na Cidade do México, está permitido o aborto até a 12ª semana de gestação.

O novo Presidente da CEM, Dom Rogelio Cabrera, Arcebispo de Monterrey, assegurou que "em relação ao tema de vida e família, todos sabem qual é o nosso patrimônio espiritual, teológico e pastoral".

"As leis se constroem no diálogo e com bastante sensibilidade social", assinalou e sublinhou que "uma lei não se impõe, não pode ser o desejo, a convicção de uma pessoa, de um grupo".

"O México é um país com uma porcentagem muito alta de católicos", acrescentou.

Segundo um estudo realizado em 2016 pelo Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação (CONAPRED), no México, 82,7% da população é católica.

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