Em declarações aos jornalistas depois de celebrar um encontro com os sacerdotes, religiosos e diáconos do Vale de Aosta, onde atualmente se encontra de férias, o Papa Bento XVI declarou que os últimos atentados terroristas não estão dirigidos contra o cristianismo e pediu buscar no Islamismo os “elementos que podem fazer que prevaleça a paz”.

“Me parece que geralmente respondem a uma intenção mais ampla, não propriamente contra o cristianismo”, respondeu o Santo Padre ao ser interrogado sobre se os atos terroristas das últimas semanas ocorridos na Grã-Bretanha, Iraque, Turquia e Egito poderiam ser considerados “bombas contra o cristianismo”.

Ao ser perguntado se é que o Islamismo poderia ser considerado uma religião de paz, o Pontífice prefiriu “não etiquetar com grandes palavras generalizadas”, porém precisou que embora o Islã “certamente possui elementos que podem fazer que a paz prevaleça, contém também outros elementos. Devemos tentar encontrar sempre os elementos melhores”.

O Papa realizou estas declarações um dia depois de que com ocasião da oração do Angelus domincal, clamasse contra o ódio e o fanatismo e pedisse a Deus “que detenha a mão assassina e promova a reconciliação e a paz”.

No último dia 23, o Papa Bento XVI fez um chamado a renunciar à violência para alcançar a paz, lamentando o ataque terrorista em Sharm el Sheik, um povoado turístico no Egito, que deixou mais de 80 mortos e numerosos feridos.

O encontro do Santo Padre com os sacerdotes e religiosos, no qual participaram 140 pessoas, foi realizado na Igreja de Introd, na região noroeste da Itália no Vale de Aosta.