No último dia 18 de outubro, um milhão de crianças em 80 países rezou o Terço pela libertação de Asia Bibi, uma mãe católica paquistanesa presa há oito anos acusada injustamente de blasfêmia contra o Islã, condenada à morte.

A oração fez parte de uma iniciativa da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) "Um milhão de crianças reza o Terço pela paz e pela unidade", realizada desde 2005.

A ACN assinalou em um comunicado que há alguns dias o esposo de Asia Bibi, Ashiq Masih, e sua filha, Eisham Ashiq, visitaram os escritórios da fundação no Reino Unido.

Nessa ocasião, Eisham – que não vê Bibi há aproximadamente dez anos – fez esse pedido: “Peço-lhes, rezem pela minha mãe! Agora precisamos muitíssimo das suas orações”.

A ACN aceitou este pedido e incluiu a libertação da mãe paquistanesa nas intenções do Terço.

Além disso, lançaram através das redes sociais a campanha #UnaPreghieraPerAsia (#UmaOraçãoPorAsia) para pedir aos fiéis que rezem por Bibi durante as Missas dominicais.

Em 8 de outubro, após a audiência final, a Suprema Corte do Paquistão anunciou que “reservou” o veredito sobre a apelação da pena de morte à qual foi condenada Asia Bibi.

Segundo a mídia local, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça do Paquistão, Mian Saqib Nisar, disse que “há contradições sobre como se tomou nota do incidente e o demandante disse que a decisão de registrar um Primeiro Relatório de Informação (FIR na sigla em inglês) contra Bibi se tomou entre um grupo de pessoas”.

“Não se pediu permissão do oficial de coordenação do distrito (DCO) ou do oficial de polícia do distrito (DPO) para registrar a FIR”, assinalou.

O juiz Asif Saeed Khosa afirmou que, “de suas declarações, recompilamos que o próprio imã não foi testemunha do incidente e que não houve palavras blasfemas em sua presença”.

A sua família confia que Asia Bibi será libertada nos próximos dias.

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