O Arcebispo do México, Cardeal Carlos Aguiar Retes, que participa do Sínodo dos Bispos em Roma, assinalou que não existe o direito a abortar, porque é atentar contra a vida, reconhecido pela ONU como um dos 18 direitos humanos universais.

Na coletiva de imprensa oferecida em 10 de outubro no Vaticano, foi perguntado ao Purpurado sobre as palavras de condenação contra o aborto pronunciadas pelo Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira.

O Arcebispo do México recordou que, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela ONU, é incluído o direito à vida.

“Universal significa que afeta todo ser humano. Portanto, os outros direitos humanos, os que são setoriais e por isso afetam apenas algumas pessoas determinadas (crianças, mulheres, idosos, deficientes etc.) não podem contradizer esses 18 Direitos Humanos Universais, entre os quais está o direito à vida”, argumentou.

Isso significa que “o direito que se quer declarar à mulher para que ela decida se a vida que está em seu ventre deve nascer ou não choca com o direito universal que é o direito à vida. O direito da mulher deve estar sujeito ao direito universal”, recordou.

Em sua catequese de quarta-feira, 10 de outubro, na Audiência Geral, o Papa Francisco assegurou que acabar com a vida de um nascituro para resolver uma situação difícil “é como alugar um assassino para resolver um problema”.

O Santo Padre enfatizou a contradição que existe na abordagem que “permite a supressão da vida humana no ventre materno em nome da salvaguarda de outros direitos”. “Como pode ser terapêutico, civil ou simplesmente humano um ato que suprime a vida inocente e inerme no seu germinar?”, questionou o Pontífice.

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