Uma agência informativa difundiu duas cartas do ano 2003, escritas em alemão pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, com suas reservas às novelas da saga do Harry Potter.

A agência LifeSiteNews.com difundiu as reservas do então Cardeal quando falta muito pouco para que se publique a sexta entrega da série do J.K. Rowling, titulada “Harry Potter and the Half-Blood Prince”.

O então Cardeal Ratzinger enviou em março de 2003 uma carta à escritora Gabriele Kuby, em que lhe agradecia pela publicação de seu livro Harry Potter – gut oder böse (Harry Poter - Bom ou mau?). Na missiva, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé afirmou que a saga “contém seduções ligeiras, que atuam sem que alguém se dê conta, gerando sérias distorções do cristianismo na alma, antes de que esta possa crescer adequadamente”, considerando que o público dos livros é maioritariamente infantil e juvenil. Além disso, pede-lhe que envie uma cópia de seu livro ao Padre Peter Fleedwood do Pontifício Conselho para a Cultura.

Em seu livro, Kuby assinala que os livros do Harry Potter corrompem os corações dos jovens, e não lhes permite desenvolver um adequado sentido do bem e do mal, danificando assim sua relação com Deus durante os anos da infância.

LifeSiteNews.com também informou que a impressão geral que existia no público da aprovação vaticana, deu-se por uma errada interpretação das declarações do Pe. Fleedwood, quem em uma conferência de imprensa sobre a corrente New Age, celebrada no Vaticano em abril de 2003, respondeu com uma opinião positiva a uma pergunta de um repórter sobre os livros do Harry Potter.

As manchetes, que deram a volta ao mundo e alagaram todos os meios de comunicação, exageraram as palavras do sacerdote e as adjudicaram ao próprio Pontífice: “O Papa aprova a Potter”, publicou o Toronto Star do Canadá; “O Papa respalda os livros de Potter”, disse a BBC de Londres; o Chicago Sun Times titulou a notícia como “Harry Potter está bem para o Pontífice”; e CNN da Ásia resenhou “Vaticano: Harry Potter está bem para nós”.

Em uma segunda missiva, o atual Santo Padre autorizou a Kuby a difundir as opiniões que verteu na primeira carta.

Para ver as cartas em alemão, pode visitar os seguintes links:

http://www.lifesite.net/ldn/2005_docs/ratzingerletter.pdf

http://www.lifesite.net/ldn/2005_docs/ratzingerpermission.pdf