O Conselho Argentino para a Liberdade Religiosa (CALIR) manifestou em 23 de julho que a peça que zombou da Virgem Maria, da Missa e promoveu o aborto é um ataque à liberdade religiosa.

Através de um comunicado, o CALIR se referiu à peça teatral "Deus", do dramaturgo Lisandro Rodríguez, encenada no dia 20 de julho, no Centro Cultural Municipal da cidade de Rafaela.

Na peça, foi simulada brevemente uma Missa católica, na qual dois atores nus colocaram o lenço verde – símbolo dos abortistas na Argentina – nas imagens da Virgem Maria e do Papa Francisco.

"Mais uma vez, uma expressão cultural se converteu em uma provocação desqualificante e ofensiva aos sentimentos religiosos, neste caso dos católicos argentinos", descreveu o comunicado.

"Os sentimentos religiosos são tão antigos quanto à humanidade e são um bem que deve ser protegido legalmente. A desvalorização da ação ofensiva disfarçada de arma estética ofende o sentimento religioso e prejudica um aspecto importante da liberdade religiosa. Este merece a nossa reprovação".

O CALIR acrescentou que "a liberdade de expressão e a liberdade artística devem ser respeitadas, mas deve ser acompanhada do respeito. A tolerância e o respeito são duas atitudes individuais e coletivas próprias de uma sociedade civilizada".

Ao contrário, "as agressões como a que repudiamos, ao contrário, encorajam e promovem o ódio religioso, expressamente condenado pelos tratados internacionais de direitos humanos. A promoção da intolerância é um limite intransponível da liberdade de expressão".

A instituição assegurou que as autoridades devem "garantir a liberdade religiosa mais plena, e nós, argentinos, estamos legitimamente orgulhosos de poder disfrutar deste direito".

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