O Arcebispo Celestino Migliore, Observador permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas, assinalou esta segunda-feira na cume sobre prevenção e erradicação do comércio ilícito de armas ligeiras que é necessário chegar a um acordo internacional para fazer eficaz o esforço.

“O comércio ilícito de armas pequenas e ligeiras é uma ameaça óbvia à paz, o desenvolvimento e a segurança”,  disse o Arcebispo. “Por isso a Santa Sé une sua voz às chamadas em favor de um enfoque comum que abranja não só o tráfico ilícito de armas pequenas mas também todos os aspectos relativos”, adicionou.

“Além disso, ao mesmo tempo que analisamos a oferta ilícita de armas, temos que levar em conta as dinâmicas da demanda de armas”, advertiu também o Prelado.

Dom Migliore sublinhou também a importância que a Santa Sé atribui às necessidades especiais dos meninos afetados pelos conflitos armados, descritas no Plano de Ação.

“Deverá pensar-se em programas de desarmamento, desmobilização e reintegração para os meninos, inclui-los nos processos de construção e manutenção da paz e nos programas de desenvolvimento, realizados através das comunidades de base”, insistiu.

O Núncio afirmou: “A comunidade internacional deveria colocar com seriedade um debate encaminhado à criação de um  tratado sobre o comércio de armas apoiado nos  princípios do direito internacional concernente aos direitos humanos e ao direito humanitário”.

“Um instrumento desse tipo contribuiria à erradicação do comércio ilícito de armas e recalcaria, ao mesmo tempo, a responsabilidade dos Estados em levar à prática o Plano de Ação que hoje discutimos”, concluiu.