Um amplo rechaço foi causado pela demissão da jornalista Amalia Granata, que manifestou nas redes sociais a sua rejeição ao projeto do aborto discutido desde abril no Congresso da Nação da Argentina.

Na segunda-feira, 25 de junho, a Argentina ficou de luto devido ao falecimento de Maria Eugenia Laprida (34), que sofria de câncer e era filha mais velha de Maria Eugenia Fernandez Rousse, muito conhecida na televisão nacional.

Amalia Granata, apresentadora do programa “Todas las Tardes” no Canal 9, publicou um tuíte no qual expressou: “O câncer de mama é a principal causa de morte de mulheres na Argentina, não as vejo com o lenço verde pedindo a prevenção ao Estado e tomógrafos para as mães vulneráveis”.

O lenço verde caracteriza as pessoas que promovem o aborto na Argentina.

Um médico foi ao programa de televisão para conversar sobre o câncer da mama e analisou o caso da morte de Laprida.

A mensagem de Granata ultrapassou cinco mil curtidas e dois mil compartilhamentos; entretanto, provocou polêmica por alguns que consideraram que teria usado a morte de Maria Eugenia Laprida a favor da sua posição contra o projeto de aborto.

Granata disse que ela foi demitida na quarta-feira, 27 de junho, por telefone.

Granata foi convidada ao programa “Pamela a la Tarde” e manifestou que a demissão foi “uma decisão exagerada e discriminatória”. “Não há razão. A demissão foi injustificada e ameaça a minha liberdade de imprensa e todas as liberdades de imprensa deste país”.

“O que eles fizeram é terrivelmente grave porque me demitiram pela minha ideologia, pelo meu ativismo, acho que foi por isso”. “Com o tuíte eu não ofendi ninguém, não foi dirigido a ninguém, é simplesmente uma maneira de conscientizar a respeito da principal causa de morte de mulheres na Argentina, que é o câncer de mama”, explicou a jornalista.

A jornalista continua recebendo diversas mensagens de apoio de pessoas que consideram que a sua demissão é uma estratégia para silenciar a postura pró-vida na mídia.

Amalia Granata se uniu a defesa da vida da mãe e do nascituro desde o começo do debate sobre o aborto no Congresso Nacional, apoiando a causa através de vídeos e mensagens nas redes sociais.

Do mesmo modo, a plataforma Citizengo lançou um abaixo assinado para exigir a reintegração de Amalia Granata ao canal de televisão.

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