O Bispo de Rio Galegos, Dom. Alejandro Buccolini, indicou que os projetos de lei que promovem o aborto em caso de violação e a legalização das uniões homossexuais são “nefastas com imprevisíveis conseqüências para a humanidade”.

Em uma carta pastoral dirigida aos sacerdotes, religiosos e leigoo de sua diocese, o Prelado afirmou que “bastará abrir esta porta e o horizonte que veremos não terá limites”, ao referir-se ao projeto de lei que se está promovendo para legalizar o aborto em caso de violação, no país gaúcho.

Do mesmo modo, assinalou que ante esta situação “não podemos ficar em um silêncio temerário embora não complacente”. “Todos têm direito a expressar o que quiserem sem ser discriminados”, mas quando são os católicos quem quer expressar-senos discrimine imediatamente, nos chamando ao silêncio”.

Adicionou que “não esqueçamos que o Evangelho do Jesus perturbou sempre o establishment de sua época. Mas Jesus, nunca se calou. Em todo caso, calaram-no e por ende o discriminaram”.

“Com o tema do aborto em particular –continuou– e da sexualidade em geral se manipula aos jovens, lhes minta e engana para lhes tirar proveito e os desvaloriza (por não dizer os menospreza) caso que são  capazes só de prazer e não de optar. Os reduz simplesmente a nível de consumidores acríticos e irresponsáveis”.

O Bispo de Rio Galegos recordou que “a sexualidade é dom e tarefa, requer educação que evite qualquer outra forma de superficialidade. Ela é um valor e não uma mercadoria, seu banalización leva a desprezo da vida humana, o verdadeiro amor sabe e busca custodiar a vida. Educar a sexualidade supõe educar no amor, a caridade, a maturidade da pessoa e sua plenitude”.

Finalmente, o Prelado manifestou que “o cristão tem a seu cargo, não somente a missão de denunciar, mas sim de dar propostas concretas e oportunas como também um testemunho convincente. É deplorável, por fim, que uma temática de tanta dignidade e de tal envergadura seja tratada tão indevidamente nos meios maciços de comunicação”.