No último sábado, 16 de junho, 31 pessoas morreram em dois atentados terroristas no nordeste da Nigéria, perpetrados por supostos integrantes do Boko Haram.

De acordo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), os ataques aconteceram na região de Maiduguri – capital do estado de Borno –, “cuja diocese tem sido martirizada nos últimos anos pela violência extremista”.

Desta vez, porém, o alvo foi uma multidão que celebrava o Eid al Fitr, a festa que marca o fim do Ramadã, mês sagrado do jejum muçulmano.

Os ataques suicidas e explosões ocorrem nos distritos de Shuwari e Abachari, na área do governo local de Damboa, sul do estado de Borno, o mais atingido pela insurgência que busca criar um califado islâmico no nordeste da Nigéria.

Para a Fundação ACN, “este ataque vem demonstrar, uma vez mais, que o Boko Haram continua a atuar com relativa impunidade no norte da Nigéria, apesar das operações militares em curso por parte das autoridades”.

Na última semana, no dia 11 de junho, um edifício da Igreja Católica também foi alvo de atentados, tendo sido queimado por militantes islamitas durante um ataque a uma aldeia no nordeste do país.

Além das instalações pertencentes à Igreja, foram ainda queimados cerca de duas dezenas de outros edifícios.

Este edifício da Igreja que foi queimado era utilizado como centro catequético e já havia sido alvo de outro atentado violento em 2014, o que obrigou a Diocese de Maiduguri a realizar obras de reconstrução.

Nos últimos anos, estima-se que a rebelião islamita no nordeste da Nigéria já tenha causado mais de 20 mil mortes e, em razão da atuação desses grupos extremistas, cerca de 2,6 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas na Nigéria.

Os ataques dos terroristas, porém, não se restringem ao território nigeriano, sendo registrados também na região fronteiriça do Níger, Chade e Camarões.

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