O Cardeal Antonio Cañizares, Arcebispo de Valência, classificou como “o princípio do fim” “contra a escravidão” a chegada do Barco Aquarius à costa da Espanha no domingo, 17 de junho.

Aquarius é um barco de ajuda humanitária operado pelas ONGs SOS Mediterranée e Médicos Sem Fronteiras, dedicadas a resgatar pessoas no mar, especialmente os imigrantes em pequenos barcos.

Na embarcação chegaram à Espanha 630 pessoas – 123 menores e 7 mulheres grávidas – de 31 nacionalidades diferentes, resgatadas na costa da Líbia e rechaçadas pelos governos de Malta e da Itália.

“O que aconteceu com Aquarius deve ser o princípio do fim para que lutemos contra a escravidão, que é provocada pela falta de soluções à pobreza, que obriga milhares de seres humanos em situação de vulnerabilidade ​​a fugir dos seus países de origem e entrar nas mãos das máfias, que só provocam escravidão e graves consequências às pessoas que sofrem estas situações”, disse o Cardeal Cañizares em um comunicado divulgado em 17 de junho.

O Purpurado também manifestou que deve-se buscar “soluções entre os governos dos países de origem e toda a política mundial para evitar estas graves situações de injustiça”.

“Desde que soube da situação em que viviam as pessoas a bordo do Aquarius, estamos preparados para oferecer toda a acolhida e ajuda sem limites”, disse o Arcebispo de Valência, que há menos de uma semana criou um gabinete de coordenação para ajudar com todos os recursos que a Igreja em Valência dispõe em favor destas pessoas.

O Cardeal Cañizares afirmou que conhecem “por experiência a dor destas vítimas” e, por isso, acreditam que necessitam de “soluções políticas de alto nível, de todos os governos da Europa em parceria com a política mundial”.

“Este alerta às consciências provocado por Aquarius deve ser um exemplo para que cheguem à verdadeiras soluções”, concluiu o Arcebispo de Valência.

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