Thiago Silva poderia não ser agora um dos jogadores da seleção brasileira rumo ao hexacampeonato na Copa do Mundo 2018, pois a sua mãe, quando estava grávida dele, considerou seriamente a possibilidade de realizar um aborto.

Foi o que contou dona Ângela, a mãe do jogador nascido em 22 de setembro de 1984, em uma reportagem apresentada em 2014 pela Rede Globo. Tendo já dois filhos e com poucas condições financeiras, na terceira gravidez, pensou no aborto.

“Eu cheguei a chorar no colo do meu pai, dizendo que não queria fazer (o aborto), mas eu também não tinha condição. Só que ele não deixou que eu fizesse... cometesse um pecado”, recorda a mãe do jogador.

A vida de Thiago e de sua família foi dura e complicada, na favela de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O jogador recordou que o lugar onde morava “já era uma favela bem conhecida. Sempre tinha tiroteio do outro lado e os policiais vinham para o lado onde eu morava. E, quando chegava em casa, eu dava graças a Deus de chegar bem”.

“Às vezes, chegava em casa não tinha uma carne para comer, mas tinha sempre um arroz, feijão e ovo”, recordou.

O jogador brasileiro conta que quando estava jogando pelo Dínamo, na Rússia, precisou enfrentar uma dura batalha contra a tuberculose: “Foi a maior batalha da minha vida. Foram seis meses internado” no hospital até curar-se.

Dona Ângela também recorda aquela época: “Foi a pior parte da vida dele e da nossa. O dia dele dentro daquele quarto era deprimente”.

Depois dessa experiência na Rússia, Thiago Silva retornou ao país pela primeira vez este ano, para um amistoso contra a seleção local, em março. Agora, está de retorna para a Copa do Mundo.

Em recente reportagem sobre sua vida na Rede Globo, o zagueiro sublinhou: “Onde passei um dos piores momentos da minha vida de repente pode ser um dos melhores também”.

“Eu olho pra trás e vejo o quanto foi difícil, mas o quanto eu sou realizado. O pulmão já tá super bem, mas o coração ele ainda tem muitas emoções para passar”, acrescentou.

Hoje, Thiago se reconhece como um dom de Deus, como descreve a tatuagem em seu braço: “Eu não possuo o mundo, mas sou o filho do dono”.

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