O Arcebispo de Manágua, Cardeal Leopoldo Brenes, condenou os ataques que grupos paramilitares ligados ao governo realizaram desde a madrugada de 12 de junho contra a população e a Igreja na Nicarágua.

Em um comunicado, o Cardeal repudiou os ataques ocorridos na cidade de Jinotepe, assim como “a decisão do hospital público de não receber os feridos”.

Por outro lado, Pe. Alfredo García, da Paróquia São Cristóvão, em Manágua, denunciou as ameaças recebidas na manhã de terça-feira, 12 de junho, e responsabilizou os grupos paramilitares “por qualquer coisa que façam contra a nossa paróquia”. “Agradecemos a comunidade que tem estado pendente de nossa paróquia e os convidamos a estar em constante oração”.

Os bairros orientais de Manágua sofreram o assédio de diversos grupos paramilitares que atuam sem que a polícia intervenha e que são ligados ao presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.

Segundo o jornal espanhol ‘El País’, “os disparos e rajadas soaram em um dia de violência que a capital da Nicarágua não tinha vivido em décadas. Desta maneira, o presidente Ortega mantém a repressão na Nicarágua”.

Além disso, Ortega ofereceu aos Estados Unidos adiantar as eleições, previstas originalmente para 2021, como uma saída à grave crise que já dura 57 dias na Nicarágua e que deixou o trágico saldo de mais de 145 mortos.

O Cardeal Brenes concluiu seu comunicado fazendo um chamado a “seguir buscando a paz em um ambiente pacífico e não de violência. Do mesmo modo faz um chamado às autoridades encarregadas a deter os ataques contra a população”.

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