Um homem muçulmano de 30 anos, Rizwan Gujjar, ateou fogo em uma jovem cristã porque ela se recusou a renunciar a sua fé e se casar com ele no Paquistão e a vítima faleceu.

De acordo com o jornal ‘Pakistan Today’, a jovem Asma, de 25 anos, trabalhava ajudando em uma casa em Sialkot, no norte do país.

Segundo o relatório policial realizado pelo pai de Asma, Yaqoob Masih, em 17 de abril, foi junto com o seu filho ver a jovem na casa onde ela trabalhava. “Estávamos sentados em uma sala quando bateram na porta principal. Asma saiu para ver quem era e depois de algum tempo a escutamos gritando de dor”.

Eles imediatamente ajudaram a jovem, viram “o que havia acontecido e vimos o acusado Rizwan Gujjar fugir do local enquanto Asma estava pegando fogo”.

Quando chegou ao hospital local, a jovem contou para o seu pai que estava sendo assediada por Rizwan Gujjar há algum tempo para que se casasse com ele, mas o rejeitou porque não queria se converter ao islamismo.

A jovem sofreu queimaduras em 80% do seu corpo e do seu rosto e se recuperava no Hospital Mayo, em Lahore. Entretanto, não resistiu e faleceu no dia 22 de abril.

Em declarações recolhidas pelo ‘Pakistan Today’, o delegado Muhammad Riaz, da polícia local, disse que prenderam o acusado, o qual confessou o seu crime.

“Preparamos o boletim de ocorrência e o enviamos à prisão”, assegurou.

Em um comunicado, Wilson Chowdhry, presidente da Associação Cristã Paquistanesa Britânica, denunciou que “este ataque cruel revela a desvalorização das meninas cristãs na mentalidade que evoluiu entre muitos homens muçulmanos no Paquistão”.

“Devido a um currículo nacional tendencioso e imãs desonestos que ensinam (que há) um lugar especial no céu para as pessoas que violam e convertem meninas cristãs, muitos deles consideram as mulheres desta minoria como prisioneiras de guerra”.

Chowdhry assinalou que “apesar do casamento forçado ter sido declarado ilegal em 2017, as estatísticas mostram que mais de 700 meninas cristãs são sequestradas, violentadas e forçadas a um casamento islâmico todos os anos, e isso não parece diminuir”.

Além disso, denunciou, “a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão informa que 143 mulheres foram vítimas de ataques com ácido ou lhes atearam fogo em 2017”.

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