Diversos usuários protestaram nas redes sociais pela implantação de banheiros de “gênero neutro” nas instalações da Comissão para a Promoção do Peru para Exportações e Turismo (PromPerú).

A professora Giuliana Calambrogio Correa divulgou um vídeo no Twitter denunciando a iniciativa. Na segunda-feira, 9 de abril, Calambrogio visitou a sede da PromPerú, localizada no distrito de San Isidro, para processar um credenciamento para a VIII Cúpula das Américas.

"Durante a visita, fui ao banheiro e estava escrito nas portas ‘banheiro transgênero’. Entretanto, a lei do país obriga ter banheiros para homens e mulheres", denunciou em uma entrevista concedida ao Grupo ACI na terça-feira, 10 de abril.

A professora lamentou que se reduzam os direitos dos homens, porque os mictórios foram cobertos com pedaços de plástico preto.

Ela também indicou que eles podem "colocar um banheiro transgênero", "mas tanto as mulheres quanto os homens têm necessidades fisiológicas básicas. Por uma questão de higiene, não é bom que compartilhemos os banheiros, sobretudo se houver espaços separados", afirmou.

Calambrogio considerou "incômodo ver que quando uma mulher estava lavando as mãos ou se maquiando, aparecia um homem que tinha a mesma dúvida que ela, pois não sabia qual banheiro deveria frequentar".

"Quando eu entrei no banheiro havia duas senhoras de uma delegação mexicana e me disseram que estavam cuidando da porta, para não deixar que nenhum homem entrasse. Nós, mulheres, realmente nos sentimos violadas se não tivermos a tranquilidade para usar os banheiros públicos", afirmou Giuliana.

Nas redes sociais, o grupo ‘Padres en Acción’, conhecido pelos seus esforços contra a imposição da ideologia de gênero nas escolas, se uniu às críticas.

"Existem apenas dois sexos. Querem dar uma impressão inclusiva ante a VIII Cúpula das Américas? Violam todo o sistema legal peruano. Obrigar a todos, por necessidade, a utilizar o mesmo banheiro é estar contra a liberdade e a dignidade", destacou no Twitter.

No mesmo dia, a imprensa internacional informou a respeito da denúncia de um transexual contra o Estado peruano, acusando-o de "transfobia", por haver colocado no crachá o seu nome legal e colocar entre aspas o nome feminino com o qual quer ser identificado.

Segundo informações da CNN, o caso chegou à Chancelaria peruana e a organização da Cúpula mudou vários crachás dos participantes transexuais.

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