Ao comemorar o 20º aniversário da legalização do aborto na Espanha, o Instituto de Política Familiar (IPF) informou que esta prática se realiza a cada 6,6 minutos no país, o que a converte na “principal causa de mortalidade” do país ibérico.

Em seu Informe sobre a “Evolução do Aborto na Espanha: 1985-.2005”, o IPF assinala que atualmente na Espanha se produz um aborto cada 6,6 minutos (79 mil e 788 abortos ao ano), quer dizer, “um de cada seis gravidezes termina em aborto”.

Odiosas comparações

A análise do Instituto assinala que “cada dia 220 meninos deixam de nascer na Espanha por abortos”, o que equivaleria a que “cada tres/cuatro dias desapareceria um colégio de tamanho médio na Espanha por falta de meninos”.

Do mesmo modo, resenha que “o número de abortos que se produziram no ano 2003 equivale à população total de cidades como Soria e Teruel, ou na metade de populações como Ávila, Segovia, Palencia, etc.”.

Igualmente, o relatório detalha que “o número de abortos produzido até a data equivaleria à totalidade dos nascimentos que se produziram na Espanha durante os

anos 2002 e 2003, quer dizer como se na Espanha não se deu nenhum nascimento durante dois anos e só se produziram falecimentos”.

Cresce o aborto entre adolescentes

Segundo o estudo do IPF, reduziu-se significativamente a idade Média das pessoas que abortam. Em apenas doze anos, diz o relatório, mudou radicalmente as idades nas quais se aborta, sendo agora majoritariamente entre pessoas menores de 24 anos, e “sendo cada vez mais importantes os abortos em adolescentes já que um de cada 7 abortos se produz em adolescentes menores de 19 anos”.

Para o IPF, o “aborto se converteu na principal causa de mortalidade na Espanha”, muito por cima de outras fontes de falecimentos ‘externos’ (acidentes de tráfico, mortes por homicídio, suicídios, Sida ou drogas). Do mesmo modo, “os falecimentos por aborto estão por cima de falecimentos por enfermidade”, acrescenta.

Propostas

Diante desta realidade, o IPF deu a conhecer um elenco de propostas entre as que destaca a criação de uma Comissão Interministerial que aborde a problemática dos falecimentos por aborto e implemente “medidas encaminhadas a sua redução assim como a combater seus

efeitos negativos”.

Do mesmo modo, o Instituto familiar propôs a elaboração de um Plano Nacional sobre Natalidade, a criação de Centros de Ajuda, Atenção e Assessoramento à mulher grávida que ajude a todas as mães a ter seus filhos, destinar 0,5 por cento do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (Irpf), a aquelas ONG que se dediquem a apoiar às mulheres grávidas, entre outras medidas.

Pode ver o relatório completo em: http://www.ipfe.org/informeaborto19852005.pdf