A plataforma cidadã Hazteoir.org apresentará à  Fiscalia Geral do Estado fotografias e imagens de vídeo que recolhem cartazes, imagens e lemas com brincadeiras, insultos e injúrias a pessoas e instituições familiares e da Igreja que foram exibidos durante a marcha do “Orgulho Gay” no sábado passado em Madri e que poderiam ser constitutivos de delito.

Hazteoir.org elabora um dossiê gráfico no qual se poderão apreciar lemas como "vamos queimar à Conferência Episcopal por machista e patriarcal"; "Procuramos Bispo para  formar família", assinado por um imaginário "Fosso espanhol da família", coroado por uma suástica; "Bento XVI: Nazista". Além disso, assinala um comunicado do Hazteoir.org, “foram abundantes os atos de mofa dos sentimentos religiosos da maior parte da população espanhola”.

"O que opina Zapatero da 'Espanha decente' que no sábado se dedicou a insultar as convicções da maioria dos espanhóis?", perguntou o presidente da plataforma, Ignacio Arsuaga, aludindo aos protagonistas da manifestação homossexual encabeçada, entre outros, pela Ministra de Cultura, Carmen Calvo, o líder de Esquerda Unida, Gaspar Llamazares, o secretário de Organização do PSOE, José Blanco, o secretário socialista de Movimentos Sociais e Relações com as ONG, Pedro Zerolo, a secretária de Política externa do PSOE, Trinidad Jiménez, e a secretária de Estado de Cooperação, Leire Pajín.

Segundo Arsuaga, trata-se de "ofensas e injúrias que recebem uma estranha complacência de silêncio por aqueles mesmos que só sabem tachar de 'homófobos' a tudo o que discrepa de suas opiniões". Para o presidente da associação cidadã, "Zapatero está alimentando intencionalmente a crispação e acentuando a fratura social com o objetivo de radicalizar a determinados setores da direita".

Nova manipulação de cifras

Como em anteriores oportunidades, as cifras de assistência foram objeto de inescrupulosa alteração por parte tanto dos organismos governamentais como dos coletivos homossexuais e os meios jornalísticos afins a estes.

A já questionável cifra de 97 mil assistentes oferecida pela Delegação do Governo em Madrid foi elevada pelo jornal El País a mais de 200 mil. As razões de sustentação da cifra na edição do domingo passado, assinalaram desde outros meios informativos, não fazem senão evidenciar a manipulação. Entretanto, o jornal esteve ainda longe da cifra de dois milhões de assistentes que defendem os organizadores.

De outro lado, em Barcelona, la Guardia Urbana ofereceu a cifra de 15 mil assistentes à manifestação homossexual enquanto que os organizadores asseguraram que eram 20 mil. Contudo,  diversos informativos calcularam em não mais de cinco mil os manifestantes.