Diante dos pedidos de certos setores radicais de repetir o caso espanhol e legalizar as uniões homossexuais, alguns bispos nacionais pediram aos parlamentares não atacar à família por “moda”.

“Tomara que aos legisladores peruanos não lhes passe pela cabeça apresentar uma iniciativa similar por estar na moda ou pensando simplesmente em fazer notícia ou nas campanhas eleitorais, porque isso seria mais grave ainda que aprovar o cultivo irrestrito da coca", advertiu o Presidente da Conferencia Episcopal Peruana, Dom  Hugo Garaycoa.

Segundo o Bispo, “tanto à luz do cristianismo, como do simples pensamento social, essa decisão é uma ameaça grave para a instituição familiar e o futuro do mundo”.

Do mesmo modo, considerou que "não se deveriam abrir as portas a um assunto com efeitos muito negativos e de projeções em extremo preocupantes, porque a estas pessoas (os homossexuais) se lhes permitiria inclusive adotar crianças".

Dom Garaycoa também descartou que a Igreja consinta estas uniões. “Para os católicos o matrimônio é um sacramento instaurado por Jesus Cristo e não existe nada que estenda a bênção nupcial a gays ou lésbicas”, esclareceu.

Por sua parte, o Bispo do Callao, Dom  Miguel Irízar, considerou que a lei espanhola é um péssimo exemplo e "não está abrindo um caminho novo do que deve ser a felicidade". Esta decisão, adicionou, atenta contra a família, os problemas nesta instituição aumentarão e  não somente a sociedade se verá afetada mas também toda a conduta humana.

No Parlamento peruano existe há algum tempo um projeto de lei sobre este tema que espera ser submetido a debate. A autora é a congressista Martha Moyano, vinculada ao fujimorismo.

Sobre este tema, o congressista Alcides Chamorro, Presidente da Comissão de Justiça do Parlamento, recordou que “a Constituição de nosso país só contempla a união entre um homem e uma mulher. A possibilidade de que se aprove uma lei similar é inviável e, no caso de que se proponha, esta deve ser descartada”.