Antes de voltar para o Vaticano, em 28 de fevereiro, Dom Charles Scicluna agradeceu o clima de “escuta e confiança” e o “diálogo sereno” durante os testemunhos sobre o caso de Dom Barros, no Chile.

O presidente do Colégio para o exame de recursos em matéria de delitos graves da Congregação para a Doutrina da Fé foi enviado ao Chile pelo Papa Francisco para se reunir com pessoas que manifestaram ter provas do suposto encobrimento de Dom Juan Barros, Bispo de Osorno, sobre os abusos sexuais cometidos pelo sacerdote Fernando Karadima.

Através de Jaime Coiro, porta-voz da Conferência Episcopal do Chile (CECh), Dom Scicluna reiterou a sua gratidão ao Núncio Apostólico, Dom Ivo Scapolo, aos funcionários da Nunciatura, e aos médicos da Clínica San Carlos de Apoquindo, da Rede de saúde UC Christus, que operaram a sua vesícula em 21 de fevereiro.

Enquanto Dom Scicluna se recuperava “de forma satisfatória”, a tarefa foi assumida por seu secretário e companheiro de missão, Mons. Jordi Bertomeu.

Ele recebeu algumas pessoas e grupos ligados ao caso de Dom Barros, ao próprio Bispo de Osorno, à Comissão para a Prevenção de Abusos Sexuais da CECh, assim como testemunhas relacionadas a supostos casos de abuso da Congregação dos Irmãos Maristas no Chile, entre outros.

A estes últimos, entregou informações e conselhos das regulamentações e procedimentos canônicos.

Coiro explicou que, em Roma, Dom Scicluna preparará um relatório que será entregue ao Papa Francisco. Entretanto, as pessoas que ainda quiserem dar seu testemunho devem fazê-lo o mais rápido possível.

Se Dom Scicluna achar pertinente, “ele mesmo enviará os respectivos antecedentes à Santa Sé”, acrescentou Coiro.

O também Arcebispo de Malta chegou ao Chile em 19 de fevereiro e voltou para Roma nesta quinta-feira, 1º de março.

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