A esperança de crianças com espinha bífida cresce à medida que os médicos desenvolvem novas técnicas para corrigir esse defeito no ventre. Esse foi o caso da cirurgia exitosa realizada na pequena Caroline Faith Blaire, depois que os seus pais rechaçaram o aborto.

“Eu estava absolutamente contra o aborto, que nos ofereceram três vezes. No quarto do hospital, eu disse imediatamente que eu não queria escutar essa palavra, que nem sequer fosse pronunciada”, disse ao Grupo ACI em 26 de fevereiro Michelle Blaire, mãe da menina.

Segundo informa WFMJ News, em 2017 a pequena Caroline (atualmente com 11 meses), natural da Pensilvânia (Estados Unidos), ainda no ventre tinha sido diagnosticada com “mielomeningocele espinha bífida”, a forma mais grave desta doença, a qual impede o desenvolvimento da medula espinhal de um bebê e, por isso, os médicos sugeriram que os pais a abortassem.

“O aborto nunca foi uma opção para nós”, disse Michelle, que junto com o seu esposo Ben rezou a Deus pedindo um milagre. Imediatamente, decidiram que o bebê deveria ser operado dentro do útero.

O Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati aceitou Michelle como paciente e, com 25 semanas de gravidez (6 meses), retiraram o seu útero e o abriram para operar a coluna vertebral de Caroline.

Na operação, fecharam o buraco nas costas da menor a fim de evitar que o líquido amniótico continuasse danificando a sua coluna vertebral e, finalmente, colocaram-na de novo dentro do útero da mãe por mais seis semanas.

“Após a cirurgia, eu tive que ficar em Cincinnati durante seis semanas, enquanto o meu esposo e meus dois filhos ainda estavam em Hermitage (Pensilvânia)”, disse Michelle.

Caroline nasceu depois de seis meses, em maio de 2017, com aproximadamente 2 quilos. Atualmente, ela tem 11 meses e está se desenvolvendo corretamente.

“Ela não precisou de um shunt (desvio), porque o seu cérebro se estabilizou e está crescendo normalmente. Ela pode se mover, a sua bexiga está funcionando. É como qualquer outra menina pequena, mas ela é o nosso milagre”, explicou Michelle.

Agora, a família Blaire continua rezando pela saúde da sua pequena.

“Depois de tudo o que passamos e rezamos, decidimos que o seu segundo nome fosse Faith (fé)”, disse Michelle.

Em 2014, médicos britânicos realizaram a primeira cirurgia de uma menina dentro do ventre, a devido à espinha bífida. A cirurgia foi exitosa e, em dezembro de 2016, Frankie, com 14 meses, estava superando a sua deficiência e aprendendo a caminhar, informou ‘The Express’.

Atualmente, aproximadamente 13 hospitais nos Estados Unidos realizam a cirurgia dos bebês com espinha bífida ainda no ventre.

Os pesquisadores calculam que 68% dos nascituros diagnosticados com espinha bífida morrem por causa do aborto. Entretanto, esses novos procedimentos cirúrgicos reconhecem que os nascituros são pacientes individuais.

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