Após denunciar que o Presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, “presume de diálogo e depois esmaga qualquer tentativa de estabelecê-lo”, o Foro Espanhol da Família (FEF) animou ao Executivo “a levar a reforma do matrimônio a Referendum”, alegando que é ali “onde os cidadãos podem realmente valorar a pretendida reforma do matrimônio e os direitos das crianças”.

Através de uma nota, o FEF informou ter enviado uma carta ao presidente do Governo em que “lhe reitera a necessidade de manter uma reunião urgente com as famílias, diz a associação, é a segunda vez que de maneira oficial pede uma entrevista com o mandatário, recordando que “depois da massiva manifestação 18 J, o Presidente ainda não respondeu ao Foro”.

Segundo o Vice-presidente do FEF, Benigno Blanco, o mais significativo é que “o presidente de Governo está demonstrando uma nula sensibilidade com a problemática das famílias, que se constata em que até hoje não cumpriu nenhuma das suas promessas eleitorais de ajuda às famílias”.

Assim, o Foro “anima ao Governo a levar a reforma do matrimônio a Referendum, que é onde os cidadãos podem realmente valorar a pretendida reforma do matrimônio e os direitos dos meninos”.

A tomar as ruas

Diante da falta de resposta do Presidente, os organizadores da manifestação do passado 18 de junho a favor da família convocaram a uma grande concentração na próxima quinta-feira 30 às 14h na Porta do Sol de Madri, véspera da votação no Congresso dos Deputados da reforma do Código Civil que equipararia as uniões homossexuais ao matrimônio.

Por sua parte, o Instituto de Política Familiar (IPF) expressou seu apoio à concentração “pela reiterada persistência do Executivo em ignorar aos representantes das famílias”.

Segundo o presidente do IPF, Eduardo Hertfelder de Aldecoa, “faz-se imprescindível que o Presidente de Governo conheça de primeira mão as demandas das famílias espanholas. Mas se este diálogo é importante de por si, isto é urgente na situação atual pela falta de organismos encarregados de fazer chegar ao presidente as propostas” das famílias e peritos.

Para o Hertfelder, o Presidente está “repudiando às famílias”, já que sua atuação é de um “total abandono das famílias, ignorando qualquer demanda ou qualquer sinal de diálogo”. Nestas condições, conclui Hertfelder, “as famílias não se merecem a um presidente que não as quer escutar”.