Em uma visita muito aguardada, os mineiros da Panasqueira receberam na quarta-feira, 17 de janeiro, o Bispo da Diocese da Guarda, Portugal, Dom Manuel Felício, que rezou com os trabalhadores e abençoou uma nova máquina que irá melhorar as condições de trabalho.

Esta visita estava agendada para o dia 4 de dezembro, quando é celebrada Santa Bárbara, padroeira dos mineiros. Porém, não foi possível realizá-la devido a outros compromissos.

Em declaração à Agência Ecclesia, do episcopado português, Dom Manuel Felício indicou que “todos os anos” busca visitar as Minas da Panasqueira, local onde é explorado o volfrâmio (tungstênio) considerado o melhor do mundo e que está em funcionamento há 130 anos.

Segundo o Prelado, nas minas, encontra sempre “gente acolhedora” que “escuta com muita atenção e que dá valor ao esforço que a Igreja faz no seu acompanhamento”.

“São pessoas que não valorizam apenas a dimensão material da vida, mas vão valorizando a outra dimensão, a espiritual”, declarou à agência Ecclesia.

Dom Manuel Felício visitou as diversas estruturas do complexo mineiro, rezou com os trabalhadores e, em seguida, presidiu a Santa Missa na Igreja da Barroca Grande.

Para os mineiros, esta visita do Bispo da Guarda é sempre “muito aguardada”, conforme revelou o técnico de segurança José Luís.

“É sempre bom ter aqui o nosso bispo, é um incentivo para toda esta gente e alguém muito estimado por mineiros e administradores da empresa”, declarou o funcionário, ao destacar que espera que, “para o ano, possamos celebrar a missa no interior da mina”.

Devido às minas, o complexo mineiro chegou a ser habitado por 10 mil pessoas nos anos 1940 e, ainda hoje, conta com a presença de pessoas vindas de diversas partes de Portugal a fim de trabalhar no complexo mineiro.

Por isso, conforme especificou a agência do episcopado português, fez-se necessária a presença da estrutura da Igreja Católica, que atualmente se encontra a cargo de Pe. André Roque, capelão da Panasqueira e pároco de localidades vizinhas.

Segundo o sacerdote, na localidade estão “famílias de muitos pontos do país”, as quais “vieram para aqui para trabalhar e ganhar o pão de cada dia”. Nesse sentido, o presbítero procura “estar atento às suas necessidades”.

Pe. Roque pontuou que busca colocar a fé em meio a essa realidade que envolve um trabalho “duro, árduo e perigoso”, levando uma “palavra de conforto” especialmente “aos que já sofreram acidentes”.

Com a presença das famílias na região, o sacerdote ressaltou que é preciso dar atenção também às crianças, pois estas “são a grande força a motivar a nossa esperança no futuro”.

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