Os dois bispos da Venezuela acusados ??pelo presidente Nicolás Maduro de terem cometido “crimes de ódio” e que provavelmente serão investigados pela justiça do país, não estão detidos pelo governo.

Trata-se do Arcebispo de Barquisimeto, Dom Antonio López Castillo, e do Bispo de San Felipe, Dom Víctor Hugo Basabe, os quais, como indica o jornal ‘El Nacional’, apenas “clamaram para que a fome e a corrupção acabem” no país, durante suas homilias da festa da Divina Pastora de Barquisimeto no domingo 14 de janeiro.

Através das redes sociais, especialmente no Twitter, divulgaram o rumor de que ambos foram detidos pelo governo.

“Eles não estão detidos. O presidente pediu um inquérito sobre se que violaram ou não a famosa lei do ódio. Eles ainda não começaram o inquérito”, indicou uma fonte confiável do episcopado venezuelano ao Grupo ACI em 17 de janeiro.

Nicolás Maduro disse o seguinte sobre os Prelados: “Agora vem um diabo de batina a convocar confrontos violentos, a chamar a guerra civil (...), e agradeço às pessoas do estado de Lara que me alertaram sobre esta imundice, porque na verdade eu não escuto essa gente, nós não ouvimos esses bandidos”.

As acusações de Maduro foram rechaçadas por ambos os Prelados, assim como por um pronunciamento da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) e, logo depois, pelo primeiro vice-presidente da CEV, Dom Mario Moronta, que apoiou os dois bispos acusados.

Por outro lado, a Arquidiocese de Barquisimeto também negou, em 15 de janeiro, que Dom López Castillo estivesse passando mal.

“Até agora, o Prelado se sente bem, está tranquilo e continua as recomendações indicadas em Caracas, para recuperar o seu estado de saúde”.

“Nesse sentido, Pe. Jesús Ramírez, conselheiro da Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de Barquisimeto, pede aos cidadãos que permaneçam unidos em oração pelo bem-estar de Dom López Castillo”, concluiu.

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