O Papa Francisco se reuniu na sede do Arcebispado de Yangun, em Mianmar, com o General Ming Aung Hlaing, autoridade das Forças Armadas do país asiático, e conversaram durante 15 minutos.

Segundo explicou Greg Burke, Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, na reunião, prevista inicialmente para quinta-feira, 30 de novembro, também participaram três tenentes e um tenente coronel das forças armadas.

Burke informou que o Santo Padre e o General Ming Aung Hlaing conversaram acerca “da grande responsabilidade da autoridade do país neste momento de transição”.

No final da visita de cortesia, o Pontífice presenteou o General com uma Medalha da Viagem Apostólica e o General entregou ao Pontífice uma harpa com forma de barco e uma tigela de vidro decorada para arroz.

Esta visita é muito importante devido o enorme poder e influência política que o Exército tem em Mianmar. Na verdade, o próprio nome do país é uma imposição dos militares. O único nome oficial reconhecido pela comunidade internacional para este país é o de Birmânia ou Burma.

O Papa Francisco chegou hoje no Aeroporto Internacional de Yangun para a viagem apostólica que realizará a Mianmar e Bangladesh até o próximo sábado, 2 de dezembro.

Mianmar e Bangladesh estão passando por uma delicada situação diplomática por consequência da chegada de milhões de refugiados muçulmanos birmaneses, pertencentes ao povo “rohingya”, na fronteira de Bangladesh, devido à perseguição e à violência das forças de segurança.

O Pontífice destacou em duas mensagens de vídeo publicadas nos dias 17 e 21 de novembro o caráter evangélico e pastoral da viagem, e assinalou que seu objetivo é “proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e a sua mensagem de reconciliação, perdão e paz”.

O Papa Francisco começará sua agenda no país na terça-feira 28, visitando a cidade de Naypyidaw, onde se reunirá com o Presidente do país e outras autoridades políticas e lá pronunciará o seu primeiro discurso.

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