A paródia de “aborto” da Virgem Maria, realizada há alguns meses por feministas em frente à Catedral de Tucumán, na Argentina, foi “um ato de ataque e ofensa aos cristãos, especialmente aos católicos”, reconheceu o Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INADI).

Segundo informações do jornal argentino ‘La Gaceta’, no último dia 22 de novembro, Paula Spaccarotella, Coordenadora de Recepção e Avaliação de Denúncias do INADI, descreveu como “comportamento discriminatório” a cena protagonizada pela jovem Maria Verónica Breslin, em 8 de março deste ano.

No Dia da Mulher, 8 de março, um grupo feminista fez uma manifestação pelas ruas principais de Tucumán. Em frente à Catedral da cidade, uma das manifestantes representou a Virgem Maria abortando.

Esta cena foi celebrada pelos grupos feministas nas redes sociais, que asseguraram que “a virgem abortou o patriarcado na catedral”.

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Spaccarotella assinalou em sua decisão contra Breslin que, “ao ter sido realizada na porta da Catedral Católica de São Miguel de Tucumán e com a protagonista vestida de Virgem Maria”, a representação foi “um ato de ataque e ofensa aos cristãos, especialmente aos católicos, superando uma simples crítica a determinadas posições da Igreja Católica”.

O INADI se pronunciou depois que Susana María Mendioroz denunciou o caso, por sentir-se “discriminada e atacada como uma pessoa batizada” pela cena de Breslin e das outras feministas.

Para Breslin, entretanto, “não houve violência simbólica”, mas foi uma “representação artística”.

Na sua decisão, Spaccarotella explicou que Breslin “excedeu a simples defesa dos direitos das mulheres” e “atacou diretamente os sentimentos religiosos das pessoas que professam os cultos cristãos”.

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