O Vigário de Roma e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Camillo Ruini, e o Presidente do Senado Italiano, Marcello Pêra, apresentaram hoje o primeiro livro do Papa Bento XVI, cujo título foi traduzido ao português como “A Europa de Bento na Crise das Culturas”.

O novo livro é a compilação dos discursos que ofereceu sobre este tema entre 1992 e 2005, quando era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Seu título alude ao santo padroeiro da Europa, de quem se inspirou para escolher seu nome papal. O último discurso foi oferecido em 1 de abril passado, um dia antes da morte do Papa João Paulo II e três semanas antes de ser eleito Pontífice.

No texto, Bento XVI analisa a crise das culturas e o impacto do secularismo no mundo, especialmente no Velho Continente. As reflexões as escreveu quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Na "Europa de Bento”, o Pontífice sustenta que a Europa "desenvolveu uma cultura que, de maneira desconhecida até agora na história da humanidade, excluiu a Deus da consciência pública".

No texto, o Santo Padre sustenta que seria superficial e hipócrita render-se na batalha pela defesa da vida “e dedicar nossas energias a projetos nos que possamos encontrar um maior consenso social”.

Do mesmo modo, analisa o fenômeno do terrorismo e sustenta “todas as precauções em realidade podem não bastar, não sendo possível nem desejável um controle global”.

Também destaca que "reconhecer a natureza sagrada da vida humana e sua inviolabilidade sem exceções não é um problema pequeno nem algo que possa considerar-se parte do pluralismo de opiniões na sociedade moderna”. “Não existem os ‘pequenos assassinatos’. O respeito por toda vida é uma condição essencial para algo que mereça chamar-se vida social”.