A Conferência Episcopal Dominicana (CED) advertiu que ONGs abortistas vinculadas a organismos internacionais estão pressionando para que no novo Código Penal se despenalize o aborto.

Em uma mensagem lida pelo Secretário Geral da CED, Dom Benito Angeles, os bispos assinalam que a atitude destas ONGs supõe “um novo tipo de dependência e colonialismo, não precisamente de globalização, nem modernidade”, que deve ser enfrentado proclamando “nossos próprios direitos de pátria e de nação livre”.

Com respeito ao novo Código Penal a ser debatido no Congresso, o texto indica que tal como foi apresentado “é uma evidente ameaça contra a vida humana”, embora seus autores digam que se trata de um projeto “moderno e consensuado”.

Na mensagem titulada “Um Código para a vida feliz, não para a morte”, os bispos recordam que não se pode legislar para decidir “sobre a vida individual”, porque “é tão pessoa a criatura concebida por desejo do casal” como aquela que não o foi.

Do mesmo modo, advertem que não é moderno um texto que se atribui o direito de matar a um ser indefeso e inocente “dos atos humanos irresponsáveis de pessoas particulares, aos que muito, lhes exclui de toda responsabilidade moral e legal”.

O Episcopado também critica que lhe queira qualificar de consensuado quando isso supõe um ordenamento lógico da racionalidade humana. “Não parece tão lógico que as capacidades intelectuais dos ‘sábios’ se voltem em contra da própria vida humana e justifiquem com inteligência a legalização do crime”, indica a mensagem.

O texto recorda que a mulher deve ser defendida de “tudo quanto violente sua dignidade, sua pessoa, sua vida e seus direitos”, mas advertem que não é legítimo decidir sobre a vida de outro indivíduo, que “é seu próprio filho”, amparando-se em um falso direito.

A mensagem está assinada pelo Arcebispo do Santo Domingo, Cardeal Nicolás de Jesus López Rodríguez; o Presidente do Episcopado, Dom Ramón Benito de la Rosa y Carpio; assim como a CED em pleno.