No Ângelus deste domingo, o Papa Francisco falou sobre a parábola dos vinhateiros, convidou os fieis a não ter a atitude dos vinhateiros, mas servir os outros, rejeitando assim a arrogância e recordou que o que nos torna cristãos é o amor de Deus.

Há um só impedimento diante da vontade tenaz e tenra de Deus: a nossa arrogância e a nossa presunção, que por vezes se torna também violência!”.

"Há apenas um impedimento para a tenaz e tensa vontade de Deus: nossa arrogância e nossa presunção, que às vezes se torna violência".

“Os vinhateiros refutam entregar a colheita aos servos do dono da vinha matando inclusive o filho deste pensando assim apoderar-se da herança, o Pontífice ressaltou que esta narração ilustra de modo alegórico aquelas recriminações que os Profetas haviam feito sobre a história de Israel”.

“É uma história que fala da aliança que Deus quis estabelecer com a humanidade e à qual também nos chamou para participar”. Esta história “conhece seus momentos positivos, mas é marcada também por traições e por rejeições”.

Mas diante da atitude dos vinhateiros estão os cristãos e “um Deus que, mesmo desiludido com nossos erros e nossos pecados, jamais falta com a sua palavra, não se detém e, sobretudo, não se vinga!”.

“Através das “pedras de descarte”, através de situações de fraqueza e de pecado, Deus continua colocando em circulação o “vinho novo” da sua vinha, ou seja, a misericórdia”.

O Pontífice destacou a “urgência de responder com frutos de bem ao chamado do Senhor, que nos chama a tornar-nos vinha, nos ajuda a entender o que há de novo e de original na fé cristã”.

E “não é tanto a soma de preceitos e de normas morais, mas é, sobretudo, uma proposta de amor que Deus, através de Jesus, fez e continua fazendo à humanidade”.

“É um convite a entrar nesta história de amor, tornando-se uma vinha vivaz e aberta, rica de frutos e de esperança para todos. Uma vinha fechada pode tornar-se selvagem e produzir uva selvagem. Somos chamados a sair da vinha para colocar-nos a serviço dos irmãos que não estão conosco, para mexer conosco reciprocamente e encorajar-nos, para recordar-nos de ser vinha do Senhor em todo ambiente, inclusive naqueles mais distantes e em condições difíceis”.