MADRI, 21 de jun de 2005 às 13:52
A plataforma cidadã HazteOir.org defendeu a intervenção realizada no Senado do catedrático de Psicologia da Universidade Complutense de Madri (UCM), Aquilino Polaino Lorente, e acusou ao partido governante PSOE e à Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGT) de "tergiversar" suas palavras "para desprestigiá-lo".
"As críticas do PSOE e lobby gay não se apóiam em raciocínios científicos", afirmou mediante uma nota HazteOir.org, "mas sim em clichês e frases feitas". "O mais penoso é que não tenham duvidado em tergiversar as palavras de Polaino para desprestigiá-lo, embora isso signifique reprimir a investigação científica", adicionou a associação.
Polaino Lorente, um dos especialistas que se apresentou ante a Comissão de Justiça do Senado para ilustrar sobre os efeitos que tem no desenvolvimento dos menores a convivência com casais homossexuais, assegurou ante os senadores que "os modelos de exposição social aos que esteja exposto o menino ou a menina ao longo de seu desenvolvimento psicoemotivo vão determinar em alguns e a condicionar em todos os casos o desenvolvimento emocional da pessoa".
Mais adiante, o catedrático indicou que "para o desenvolvimento psicoemocional é preciso o comparecimento de homem e mulher como figuras de pai e mãe respectivamente" e que o que configura a identidade pessoal do menino é o modelo de família, que é o matrimônio composto por um homem e uma mulher.
Sustentado por estudos científicos, o especialista com mais de 40 anos de trajetória no tema, considerou que “as pessoas com conduta homossexual” padecem uma patologia e rechaçou a adoção por parte dos casais do mesmo sexo ao considerar que esse entorno condiciona a orientação sexual do menor.
Na sua exposição, Polaino recorreu a numerosos estudos sem descartar, inclusive, alguns do mesmo coletivo homossexual como o que sobre estabilidade dos casais homossexuais realizou em 2002 a Federação Estatal de Lésbicas e Gays (FELGT). Neste trabalho se destacava que um homossexual tem ao longo de sua vida uma média de 39 relacionamentos.
Intolerância homossexual e PSOE
Membros do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e do coletivo homossexual acusaram a Polaino Lorente de ter feito “terroríficas afirmações” sem fundamento na ciência e de manter posições homófobas.
Em um comunicado, a FELGT manifestou que Polaino fazia “uma série de terroríficas afirmações absolutamente carentes de fundamento cientista nas que descreveu a homossexualidade como uma enfermidade curável, relacionada com traumas infantis, abusos sexuais e alcoolismo”.
Em opinião da FELGT, o catedrático mantém posições homófobas que vão contra o que aceita e defende a comunidade científica internacional”.
Por seu lado, o porta-voz do PSOE na comissão senatorial, Arcadio Díaz, qualificou de "grotesco" que o perito mantenha um discurso "carpetovetónico" que "ninguém sustenta" na atualidade.
Diante destas críticas, HazteOir.org acrescentou que “a história demonstrou que a ciência avança graças a cientistas que se atrevem a expor hipótese rigorosas, embora façam chiar chiem à mentalidade imperante".