Após a oração do Ângelus no domingo na Piazza Maggiore de Bolonha, Itália, onde realizou uma visita apostólica, o Papa Francisco deu graças pela beatificação do mártir Titus Zeman, que aconteceu no sábado, 30 de setembro, em Bratislava, Eslováquia.

“Ontem em Bratislava, na Eslováquia, foi beatificado Titus Zeman, um padre salesiano. Une-se assim à longa linhagem de mártires do século XX, porque morreu em 1969, depois de ter estado na prisão durante muito tempo, por causa da sua fé e do seu serviço pastoral”, explicou o Santo Padre.

“Que o seu testemunho nos sustente nos momentos mais difíceis da vida e que ele nos ajude a reconhecer, também nas dificuldades, a presença do Senhor”, pediu.

Titus Zeman faleceu vítima da repressão das autoridades comunistas eslovacas contra a Igreja Católica.

Nasceu em Vajnory, perto de Bratislava, em 4 de janeiro de 1915. Aos 10 anos, após uma infância marcada pelos problemas de saúde, curou-se por intercessão da Virgem Maria, venerada pelo povo polonês sob a devoção de Nossa Senhora das Sete Dores.

Apesar das dificuldades econômicas de sua família, Titus decidiu entrar no seminário para dar resposta à sua vocação sacerdotal. Recebeu a ordenação em 1940, em Turim, na Itália.

Em 1946, sob a denominação comunista da Eslováquia, Titus se opôs à eliminação dos crucifixos das salas de aula, onde dava aula.

Empreendeu uma tarefa humanitária a partir de 1950, para levar para a Itália jovens eslovacos. Em 1951, foi feito prisioneiro e acusado de espionagem e traição. Foi condenado a 25 anos de prisão. Cumpriu a pena em diferentes prisões até que foi levado para um centro de gestão de material radioativo, onde foi obrigado a trabalhar na trituração manual do urânio. Morreu em 8 de janeiro de 1969.

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